Veículos

Chery fará nova geração do Tiggo no Brasil

Márcio Martins | 13/12/2014 21:37
Divulgação
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A Chery já decidiu qual será o seu terceiro produto fabricado no Brasil, após o Celer (hatch e3 sedã) e o novo QQ. A quinta geração do SUV urbano Tiggo deve entrar na recém-inaugurada linha de produção de Jacareí (SP) no segundo semestre de 2015. “Já entramos com o projeto no Ministério do Desenvolvimento para inclusão do modelo na nossa habilitação do Inovar-Auto”, revelou Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil.

O novo Tiggo já foi mostrado ao público brasileiro este ano no último Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro passado. O carro faz parte do projeto New Generation da Chery, que traz à marca nível aprimorado de design e acabamento. O plano inicial era importar o modelo da China a partir de dezembro de 2015, mas a alta do dólar diante do real mudou essa perspectiva.

O Tiggo foi o primeiro carro da Chery lançado no Brasil, em 2009, e já passou por uma reformulação estética. Desde então o modelo é montado no Uruguai em CKD, com partes importadas da China, em uma pequena linha de montagem mantida pela Chery com um sócio minoritário argentino, o Grupo Macri. Dessa forma a Chery aproveitava as concessões do Mercosul para trazer o Tiggo ao mercado brasileiro sem pagar imposto de importação nem os 30 pontos adicionais de IPI impostos a veículos importados desde 2012.

A intenção era continuar a montar o Tiggo antigo o Uruguai para exportação à Argentina. Contudo, com a decisão de fabricar a nova geração do SUV no Brasil, que será base de exportação para todos os países sul-americanos, a montagem do carro na linha uruguaia perde o sentido e será interrompida no ano que vem. Segundo Curi, ainda está em estudo se algum produto da Chery poderá continuar a ser montado no Uruguai. O ritmo de produção da unidade já está bastante prejudicado com a redução dos embarques ao Brasil e a quase paralisação das vendas para o mercado argentino, que despencaram este ano, com nível 60% inferior ao de 2013 (e a marca é a oitava mais vendida no país vizinho).

Outro efeito da alta do dólar sobre o real na Chery é a aceleração do plano de nacionalização dos produtos fabricados em Jacareí. “Não é só para atender as exigências do Inovar-Auto, mas porque o câmbio nesse nível tornou as peças importadas muito mais caras e aumentou nossos custos de produção. Queremos elevar a nacionalização ao grau máximo o mais rápido possível, antes de 2016”, revela Curi

Para isso, está em curso a instalação da “Cidade Industrial Chery”, que segundo Curi irá ocupando uma área no entorno da fábrica de 4 milhões de metros quadrados. “A desapropriação já está sendo negociada com o município”, revela. Ele acrescenta que existem cinco fornecedores, dois deles da China, já acertados para se instalar no parque.

Outro projeto que começa a andar logo no início de 2015 é o prometido centro de pesquisa e desenvolvimento, que deve ser instalado dentro da área da fábrica de Jacareí. A intenção é realizar no País um maior número de projetos e, ao mesmo tempo, atender também às exigências de investimento em engenharia do Inovar-Auto.

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