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Travessia do Pantanal, uma aventura em sete dias

Sílvio Andrade, do site Lugares | 15/03/2019 15:11
Cavalgada em boa montaria pelos campos alagados do Pantanal: contato com a natureza exuberante. (Foto: Reprodução)
Cavalgada em boa montaria pelos campos alagados do Pantanal: contato com a natureza exuberante. (Foto: Reprodução)

Pantanal é o melhor destino para se fazer cavalgadas no Brasil, segundo os amantes desse esporte. Considerado um dos ecossistemas mais ricos e preservados do planeta, o bioma que se estende por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso é conhecido por abrigar uma grande concentração de vida selvagem e paisagens magníficas.

Com terreno plano e arenoso, a planície pantaneira se constitui em um excelente ambiente para as cavalgadas, definitivamente a melhor forma de explorar a grande diversidade de habitats do lugar, seja na seca ou cheia de menor intensidade.

A cultura do pantaneiro é baseada na atividade pecuária, fundamental na história e ocupação da região há mais de 200 anos. O cavalo é um dos elementos principais nesse universo. Ao lado do homem e do boi, o cavalo pantaneiro, uma das raças nobre dos equinos, está intimamente ligado com as tradições do povo das águas.

Turistas na Barra Mansa: pausa na cavalgada para apreciar o pôr-do-sol na Vazante do Castelo. (Foto: Reprodução)

Uma semana no paraíso

A Bravo Expeditions elegeu os melhores locais para montar seus programas e expedições de cavalgada no Pantanal, levando em consideração não apenas a estrutura oferecida, mas também a qualidade de serviços e autenticidade das experiências.

Um dos roteiros preferidos de brasileiros e estrangeiros é a Cavalgada Travessia do Pantanal, que dura seis noites e sete dias na Nhecolândia, a região mais conservada da planície. Um ambiente fantástico a explorar, mas que exige resistência e adrenalina pelo caminho.

A operadora promove desde 2011 pelo menos seis cavalgadas desse nível de desafio por ano – a primeira de 2019 será de 24 a 30 de maio -, para grupos de duas a doze pessoas. A maioria dos visitantes (75%) é de estrangeiros, atraídos também pela alta cotação do dólar.

Uma iniciativa das hotéis-fazendas Barra Mansa e Baía das Pedras, que promovem o ecoturismo na região valorizando a cultura pantaneira. A Barra Mansa foi fundada pelos Rondon numa curva do Rio Negro, em 1940, e hoje é gerenciada pelo cantor e compositor Guilherme Rondon, da quarta geração da tradicional família.

Passeio pelos campos alagados no lombo do cavalo pantaneiro, animal top na linhagem dos equinos. (Foto: Reprodução)

Baía das Pedras foi fundada também por pioneiros no mesmo ano, margeando a Vazante do Castelo. Na mesma região fica localizada outra centenária fazenda, a Rio Negro, onde foi gravada a novela Pantanal, hoje transformada em RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural).

Daniel, o guia pantaneiro

Os passeios à cavalo podem ser feitos no Pantanal praticamente o ano todo. Os pacotes da Bravo Expeditions, com expedições de curto, médio e longo períodos, vêm com uma escala temporal apontando as melhores épocas para viajar e meses inapropriados para cada expedição.

Mesmo com algumas pequenas diferenças regionais ou mesmo de um período para outro, o Pantanal é certamente fascinante para se visitar e cavalgar em qualquer época do ano. Os roteiros exploram as regiões mais remotas e preservadas do ecossistema.

Na Travessia do Pantanal, Daniel Rondon é o guia especializado. Filho de Guilherme Rondon, pertence à quinta geração dos Rondon. Apaixonado por cavalos, Daniel desenvolveu a habilidade de conduzir grupos pelos campos inundados para que os visitantes tenham a oportunidade de experienciar o melhor dos equinos e as paisagens e vida selvagem pantaneira.

Redário na fazenda Refúgio Primavera: acomodações simples, como é a vida do pantaneiro. (Foto: Reprodução)

Na cavalgada de maio, o pacote inclui translado de Campo Grande em voo panorâmico de 50 minutos até a Barra Mansa, no dia 24. O retorno, no dia 30, será em veículo 4x4, partindo da Baía das Pedras, em um safári que o leva a um contato direto com a vida selvagem.

O dia 25 se passa na Barra Mansa, onde os cavaleiros terão a oportunidade de experimentar mais exemplares da raça pantaneira e ficarão surpresos com a qualidade, sensibilidade e controle das montarias. A fazenda e a natureza que a cerca são inspirações de Guilherme Rondon para compor suas músicas.

A saída em direção a Fazenda Primavera, que também integra o roteiro, começa na madrugada do dia 26. Uma manhã inteira de cavalgada pela privilegiada paisagem da Vazante do Castelo. Tarde livre para apreciar o lugar isolado. Pernoite na Primavera, em redes.

No dia 27, cavalgada o dia inteiro, com recepção na Baía das Pedras e um delicioso jantar pantaneiro. Região de rica fauna. Serão dois dias de convívio com a lida do homem pantaneiro e cavalgadas de até 7h de duração, além de passeios alternativos, como focagem noturna.

Informações sobre os pacotes: www.bravoexpeditions.com

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