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Corumbá de Goiás, lugar de saborear o bom queijo suíço

Por Paulo Nonato de Souza | 10/02/2024 08:32
Para ter certeza de que tudo vai ficar perfeito, o suíço Stephan Gaehwiler cuida pessoalmente da produção, desde a ordenha das vacas (Foto: Clara Gaehwiler))
Para ter certeza de que tudo vai ficar perfeito, o suíço Stephan Gaehwiler cuida pessoalmente da produção, desde a ordenha das vacas (Foto: Clara Gaehwiler))

Queijo, quem não gosta? Melhor ainda se for suíço, afinal, a tradição da produção de queijos nos vales alpinos na Suíça vem desde o Século I depois de Cristo, ou seja, sobra conhecimento nessa arte. Pois é o que faz a família do suíço Stephan Gaehwiler desde a década de 1990 em Corumbá de Goiás (GO), a 951 km de Campo Grande, 113 km de Goiânia e a 130 km de Brasília.

A família produz queijo e tem a Suíça presente em todos os ritos. As vacas leiteiras são da raça pardo-suíço, a mesma que abastece os laticínios suíços, e a marca comercial da produção tem o nome de Queijaria Alpina. É para lembrar os Alpes Suíços, inclusive a logomarca tem a imagem da Jungfrau, principal montanha dos Alpes com 4.158 metros de altura.  

O senhor Gaehwiler é quem comanda tudo pessoalmente. Ele vive o dia a dia da fazenda, localizada à beira da rodovia BR-414, Km 405, na Rota dos Pirineus, um trajeto de imersão na cultura de queijos e vinhos em Goiás, passando por Pirenópolis, Cocalzinho e Corumbá de Goiás. Ele sai da cama antes do sol nascer para ordenhar as vacas, e ele mesmo produz os queijos com a ajuda de um colaborador. O filho do meio, Nikolaus, mora na fazenda e cuida do gado de leite. A filha mais nova, Clara, é a responsável técnica pela queijaria.  

O suíço Stephan Gaehwiler é quem cuida pessoalmente da ordenha das vacas, todas da raça pardo-suíço (Foto: Clara Gaehwiler)
O queijo Alpino, antes do consumo, permanece 60 dias em maturação para garantir sabor e textura (Foto: Reprodução)

Atualmente, o queijo Alpino e o queijo Stephan são o carro-chefe da produção. O Alpino tem um período de 60 dias de maturação para garantir sabor e textura, e o Stephan, bem mais complexo, é maturado em 12 meses. O Stephan, que ganhou esse nome em homenagem ao idealizador e condutor da queijaria, lembra muito o Sbrinz, um tipo de queijo de consistência dura produzido na região central da Suíça.  

A boa fama da queijaria carrega dois segredos, segundo Clara Gaehwiler. A qualidade leiteira da raça pardo-suíço e o cuidado com a alimentação dos animais. “Com certeza, tudo o que as vacas comem irá interferir na qualidade do leite. O nosso principal diferencial é porque não fornecemos alimentos fermentados para as vacas de leite. Fornecemos pastagem, ração balanceada e cana fresca triturada”, disse Clara.  

Se ficou interessado em visitar e, mais do que isso, saborear os produtos da Queijaria Alpina, a família tem uma loja no centro de Pirenópolis, a Casa do Suíço. Lá tem queijos à venda e até  degustação guiada, que pode ser agendada pelo WhatsApp (62) 3334-8227. Por enquanto, toda a produção é focada no mercado goiano e Brasília.  

“Nossa demanda é muito grande no estado de Goiás, e já tivemos que aumentar a produção de leite para conseguir atender a região. Isso significa aumentar a alimentação do gado e também a mão de obra, que é escassa”, contou Clara ao Campo Grande News ao responder sobre projeto de expansão da produção para outros estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso do Sul, por exemplo.

Produtos expostos em dia de degustação na Casa do Suíço, loja da família no centro de Pirenópolis (Foto: Reprodução)


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