Capital

Vídeo mostra veículo atingindo táxi em acidente que matou jovem

Paula Maciulevicius | 11/02/2013 12:47
Caminhonete atingiu lateral esquerda do táxi. Veículo terminava de cruzar a avenida Afonso Pena. (Foto: Simão Nogueira)
Caminhonete atingiu lateral esquerda do táxi. Veículo terminava de cruzar a avenida Afonso Pena. (Foto: Simão Nogueira)

As câmeras de segurança na esquina da avenida Afonso Pena com a rua Bahia flagraram o momento em que o motorista Diogo Machado Teixeira, 36 anos, atingiu o táxi e matou o passageiro José Pedro Alves da Silva Júnior, 22 anos, na madrugada desta segunda-feira, em Campo Grande.

O vídeo mostra o táxi, um Siena, seguindo pela rua Bahia e sendo atingido quando terminava de cruzar a avenida Afonso Pena. A caminhonete L200 dirigida por Diogo bateu na lateral esquerda do veículo. Pelas imagens é possível perceber que o motorista nem tentou frear para evitar a batida.

Diogo dirigia uma L200 quando furou o sinal e causou o acidente. No táxi estavam além de José Pedro, o motorista Sebastião Mendes da Rocha, 51 anos e Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, colega de José Pedro. O jovem morreu na hora e os outros dois ocupantes foram levados para a Santa Casa.

O impacto da L200 foi forte a ponto de arremessar o Siena contra o muro da Secretaria Municipal de Saúde.

José Pedro e Ramon estavam há oito dias em Campo Grande trabalhando na construção do shopping Bosque dos Ipês. A vítima que era ajudante de eletricista tinha os planos de voltar à cidade onde morava com a mãe, Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, em abril.

Uma taxista de 45 anos viu, minutos antes do acidente, Diogo desrespeitar a sinalização, no Centro de Campo Grande. Segundo ela, o motorista saiu da rua Espírito Santo, dirigindo a caminhonete e não parou na placa de “Pare” no cruzamento com a avenida Afonso Pena. Ela ainda conseguiu ver Diogo furando dois semáforos vermelhos, sentido centro, até causar o acidente na rua Bahia.

O rapaz havia acabado de sair da Valley e se dirigia até o Burger King. Diogo passou pelo teste do bafômetro que acusou 0,59 mg/l. Apesar do resultado, a defesa negou que ele tivesse embriagado e disse que foi uma “fatalidade em um momento de distração”. O argumento da advogada Eliane Potrich é de que ele estava conectando o celular no carregador para fazer uma ligação.

Diogo permanece preso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e vai responder por homicídio doloso com dolo eventual por ter assumido o risco de matar, dirigir sob efeito de álcool e lesão corporal dolosa em relação ao motorista do táxi e o outro passageiro.

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