Uso de radar móvel e agentes "sob árvore" reacende indústria da multa
Uma nova forma adotada pelos agentes de trânsito para evitar que motoristas trafeguem em alta velocidade pelas vias da Capital, tem dividido opiniões entre a população. Segundo alguns condutores, eles ficam “escondidos” em meio árvores e postes com radares móveis e muitos são autuados por excesso.
Para alguns a medida é necessária para coibir os acidentes de trânsito, mas para outros é mais uma forma de “fabricar multas” e arrecadar mais impostos. Os que são contra acreditam que deveria haver uma divulgação prévia sobre a ação.
É o caso da professora Juliana Cansanção, 27 anos. “Eles deveriam divulgar na imprensa ou sei lá através de faixas. Desse jeito muitas pessoas são pegas desprevenidas. Certas vias é possível andar em uma velocidade razoável e aí como é que faz”, comentou.
O professor Neto Gonçalves, 32, acredita que a medida é mais uma maneira de “arrecadar dinheiro” da população. Para ele o ideal seria a instalação de radares permanentes.
“Não vai surtir efeito nenhum. Ganhar dinheiro da população eles querem, mas não querem gastar com radares fixos, fiscalização eletrônica e sinalização adequada. Existe tantas vias mal sinalizadas na Capital e eles não fazem nada”, apontou Neto.
Motociclista há um ano, a auxiliar administrativo Franciele Veríssimo, 25, vê um lado positivo na nova medida. “Por um lado é um bom que o povo deixar de correr e os acidentes irão diminuir. Mas também acho que não precisariam ficar escondidos”, finalizou.
O Campo Grande News entrou em contato com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para obter um posicionamento sobre as reclamações, mas as ligações não foram atendidas na noite desta sexta-feira (31).