Capital

Taxistas cobram fiscalização na Afonso Pena, após morte

Francisco Júnior | 13/02/2013 10:45
Cruzamento onde aconteceu o acidente. (Foto: Simão Nogueira)
Cruzamento onde aconteceu o acidente. (Foto: Simão Nogueira)

Principal via de Campo Grande, a avenida Afonso Pena se tornou um palco de graves acidentes. O mais recente aconteceu na madrugada de segunda-feira (11) no cruzamento com a rua Bahia, no centro da cidade. Um táxi foi atingido por uma caminhonete que furou sinal. Resultado da imprudência: um morto e dois feridos gravemente e o agravamento de um medo que os profissionais que vivem do transporte de passageiros já sentem há tempos.

Para o presidente do Sintaxi (Sindicato dos Taxistas de Campo Grande), Bernardo Quantum, condutores inconsequentes utilizam a avenida como pista de corrida. Ele cobra uma fiscalização de trânsito mais intensiva na avenida, principalmente aos finais de semana. “A Polícia faz seu papel dentro das possibilidades, mas é preciso ações mais enérgicas para que tragédias como a que aconteceu não se repitam mais”, afirma.

De acordo com ele, os taxistas que trabalham no período noturno já estão até acostumados a presenciar motoristas dirigindo com irresponsabilidade. “Isso é normal. Quem trabalha na madrugada vê cada coisa, mas não é só na Afonso Pena”, afirma.

 

Lourival da Rocha, irmão do motorista ferido, também trabalha como taxista. Ele disse que evita usar a avenida Afonso Pena como trajeto à noite por conta dos motoristas bebem no bares daquela região e saem dirigindo.

“Direto a gente vê motoristas fazendo gracinhas, dirigindo em alta velocidade, fazendo manobras arriscadas”, alerta.
Ele disse que chega a convencer o cliente a mudar de idéia quando a rota tem que passar pela Afonso Pena. “Atendo na região da saída para Cuiabá, Carandá Bosque, quando o passageiro quer passar pela Afonso Pena, sugiro outra rota”, conta.

O irmão dele continua internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande. Ele está em coma induzido e respira com ajuda de aparelhos. Segundo ele, a família contratou um advogado para acompanhar o caso.

José Pedro Alves da Silva Junior, de 22 anos, passageiro do táxi, morreu no local do acidente, o amigo dele Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, 21 anos, sobreviveu, mas também está internado em estado grave.

Diogo Machado Teixeira, de 36 anos, motorista da caminhonete que atingiu o táxi continua preso. A defesa dele entrou com pedido de habeas corpus.

 

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