Capital

Sem fiança, Justiça solta mecânico preso por morte de motociclista

Viviane Oliveira e Guilherme Henri | 17/07/2017 11:27
Familiares e amigos acompanham cortejo no Cemitério Santo Amaro, onde corpo foi sepultado nesta manhã (Foto: Marcos Ermínio)
Familiares e amigos acompanham cortejo no Cemitério Santo Amaro, onde corpo foi sepultado nesta manhã (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de passar duas noites na cadeia, o mecânico Nílson Fantussi, 55 anos, condutor de uma L-200 que matou no trânsito um motociclista de 28 anos, na noite de sábado (15), foi solto sem fiança após audiência de custódia, na manhã desta quinta-feira (29), no fórum de Campo Grande.

Ao conceder a liberdade provisória, o juiz Waldir Peixoto, determinou uma série de regras a serem cumpridas pelo motorista. Ele terá que comparecer ao juízo um vez por mês para justificar as suas atividades, não poderá frequentar bares, prostíbulos e locais similares. Nílson também foi proibido de sair da cidade ou mudar de endereço sem informar à Justiça previamente.

Ontem, a prisão preventiva do mecânico havia sido decretada, no entanto foi revogada nesta manhã em audiência de custódia. “Em melhor análise entendo ser o caso de revogar a prisão preventiva anteriormente decretada e aplicar a medida cautelar”, disse o magistrado.

Acidente - Nílson foi preso após causar acidente com morte, no fim da tarde de sábado, no km 285 da BR-262, em Campo Grande. O motociclista Leandro Pinheiro, 28 anos, morreu carbonizado. Conforme o delegado Hoffman D'Ávila, que atendeu a ocorrência, o condutor seguia na caminhonete ao sentido Ribas do Rio Pardo junto com uma mulher e duas crianças, quando invadiu a pista contrária e colidiu com a motocicleta Honda Twister. Com o impacto, a vítima teve a perna decepada e a moto explodiu. Os ocupantes da caminhonete saíram ilesos.

Segundo a polícia, Nílson foi quem causou o acidente, pois invadiu a pista contraria. Questionado sobre o acidente, o condutor confessou que havia consumido duas cervejas. Porém, o resultado do bafômetro foi de 0,05 miligramas de álcool por litro de sangue, o que não configura crime de trânsito. O exame de alcoolemia foi realizado 1 hora depois que ocorreu o acidente. O delegado explicou que a autuação foi feita por dolo eventual. “Ele assumiu o risco de matar ao dirigir após ter consumido bebida alcoólica. Houve negligência”, ressaltou. 

Leandro Pinheiro foi sepultado por volta das 9h desta manhã no Cemitério Santo Amaro. O Campo Grande News tentou falar com a família, mas ninguém quis comentar sobre o acidente.

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