Capital

Rotatória "apertada" na rua da Divisão gera revolta entre motoristas

Elverson Cardozo | 11/08/2013 13:41
Motoristas de veículos longos ficam sem saída e são obrigados a passarem por cima da rotatória. (Foto: Cleber Gellio)
Motoristas de veículos longos ficam sem saída e são obrigados a passarem por cima da rotatória. (Foto: Cleber Gellio)
Vendedor ambulante, José do Nascimento, vê acidentes com frequência, mas nenhuma solução para o problema. (Foto: Cleber Gellio)

Uma rotatória “apertada”, construída no cruzamento da rua da Divisão, com a Eva Peron, em Campo Grande, obriga motoristas, em especial os de veículos longos, a passarem por cima do obstáculo. O espaço é muito estreito, dizem, e por isso, é impossível fazer o contorno como se deve.

A situação, segundo moradores e comerciantes da região, se arrasta há alguns anos, pelo menos dois, desde que a obra foi feita. Vendedor ambulante, José do Nascimento Silva, de 45 anos, trabalha há 3 na região, bem perto do cruzamento.

Ele conta que já viu, por mais de uma vez, fiscais da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) fazendo medições na rotatória. “Mas eles não resolvem nada. Esquecem”, relatou.

Enquanto uma solução não aparece, ele continua a presenciar motoristas passando por cima da rotatória, mas, para quem vê o problema de perto, argumentou, não dá para culpá-los por isso. “O certo aqui era um semáforo e não uma rotatória, porque a rua é estreita. Isso está totalmente errado”, opinou.

A proprietária de um sacolão localizado na esquina, Suzi Medeiros de Albuquerque, de 48 anos, concorda e acrescenta: “O pessoal vem em alta velocidade e quando vê a rotatória passa em cima. É muito pequena. Não tem espaço. No horário de pico você precisa ver o que acontece”.

A reclamação se repete. “Isso é muito pequeno”, protestou o motorista Manoel Nedito, de 57 anos. Na opinião dele, alguns motoristas, se fizerem um esforço, até conseguem contornar a rotatória, mas, para condutores de ônibus, por exemplo, a tarefa se torna impossível. “É um local com pouco espaço. Não tem jeito”, sentenciou.

Sem espaço, até viatura do Corpo de Bombeiros passa por cima. (Foto: Cleber Gellio)

Acidentes - A rua da Divisão tem fluxo intenso em praticamente todo o dia, de manhã à noite. Acidentes, no local, são frequentes. Por conta da rotatória estreita, os registros são ainda maiores. Outro agravante é a falta de sinalização. Vertical até existe, mas a horizontal sumiu. O desrespeito por parte dos motoristas, a falta de compreensão e paciência, não fica de fora.

O vendedor ambulante já perdeu as contas de quantas vezes presenciou batidas e acidentes graves no local. “Já salvei a vida de muita gente”, disse. A proprietária do sacolão, Suzi, também menciona isso. “Esses dias uma caminhonete veio com tudo, passou por cima da rotatória e jogou longe dos motoqueiros”, relembrou.

Para eles, além de sinalização e de redutores adequados, falta conscientização. José do Nascimento faz uma constatação: “Os acidentes não acontecem por acaso. É descuido das pessoas. No Brasil, não há respeito ao próximo”.

A reportagem do Campo Grande News procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura na terça-feira (6), mas até agora não obteve retorno.

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