Capital

Placa deveria dar fluidez no trânsito, mas causa brigas e buzinaço

Condutores fazem confusão com placas "livre à direita" pelas ruas

Alan Diógenes | 07/03/2015 11:28
Sem saber da regra ou por desrespeito, condutores param no semáforo e "travam" trânsito de quem quer virar à direita. (Foto: Marcos Ermínio)
Sem saber da regra ou por desrespeito, condutores param no semáforo e "travam" trânsito de quem quer virar à direita. (Foto: Marcos Ermínio)
Para Nivaldo deveria haver uma fiscalização vertical informando a regra. (Foto: Marcos Ermínio)

A falta de divulgação da instalação das placas de sinalização “livre à direita” pela Capital tem causado tumulto no trânsito. Os dispositivos permitem aos condutores fazerem conversão mesmo com o sinal fechado, mas alguns pessoas sem enxergá-los ou por puro desrespeito acabam parando no semáforo, dificultando assim a passagem dos demais motoristas que seguem logo atrás e querem virar à direita.

No cruzamento da avenida Ernesto Geisel com a Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, por exemplo, é onde mais se concentra os transtornos. Por lá, as buzinadas são constantes, motoristas sobem em cima da calçada para virar à direita e até troca de socos já aconteceu.

É o que conta o mecânico Evandro Borges, 25 anos, que trabalha em frente ao local. “Sai briga direto por causa dessa sinalização. O pessoal não respeita mesmo, saem na porrada, fazem gestos obscenos, entre outra grosserias. Sem falar nas buzinas, a gente que trabalha aqui escuta o tempo todo”, comentou.

O vendedor Daniel Bonfim, 42 anos, falou que o ideal seria instalar uma sinalização eletrônica indicando o “livre a direita”. “Essa placa que eles colocaram são muito vagas e as pessoas ainda se confundem muito. O certo seria colocar um semáforo para indicar essa permissão de virada à direita”, destacou.

Daniel chamou a atenção para outro problema que acontece no cruzamento: a passagem de pedestres. “Quando eles viram à direita não prestam atenção nos pedestres que estão atravessando. O que os motoristas tem que entender é que nesse tipo de conversão, a preferência sempre será de quem está caminhando pela faixa. É bem simples, basta conhecer a legislação”, mencionou.

O funcionário público Nivaldo Ramos, 40 anos, acredita que o problemas acontecem por falta de conscientização e bom senso dos condutores. “As pessoas não respeitam mais o próximo e não conhecem as sinalizações. Para falar a verdade, o povo não conhece nem a legislação de trânsito”, apontou.

Para ele, existem duas soluções para o problema. “A prefeitura deveria instalar uma faixa horizontal a 50 metros do cruzamento, desta forma as pessoas já iriam enxergam no asfalto a sinalização. Quanto aos pedestres, deveria ser colocado botoeiras, assim os pedestres apertavam e o sinal fechava para todos os motoristas”, finalizou.

A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) recomenda que o condutor respeite as leis do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), que fique atento ao fluxo normal do tráfego e sempre dê preferência aos pedestres. Em relação às botoeiras, a agência informou que há estudos e projetos em andamento, que serão executados futuramente, junto com a reformulação semafórica de Campo Grande.

A buzina só pode ser usada para evitar acidentes e fora da zona urbana para advertir o condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.

Placas também alertam ao condutor para terem cuidado com os pedestres. (Foto: Marcos Ermínio)
Evandro disse que brigas são constantes por conta da sinalização. (Foto: Marcos Ermínio)
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