Capital

Para especialista, campanhas são eficazes para mudar comportamento no trânsito

Mariana Lopes | 18/09/2013 12:43
Cortella chamou a atenção dos jovens e professores para o respeito às leis de trânsito (Foto: Cleber Gellio)
Cortella chamou a atenção dos jovens e professores para o respeito às leis de trânsito (Foto: Cleber Gellio)

Esperança. Esta foi uma das palavras em destaque na palestra do filósofo e especialista em trânsito Mário Sérgio Cortella, ministrada na manhã desta quarta-feira (18), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, sobre a violência no trânsito, causada principalmente por condutores alcoolizados.

De acordo com os dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de janeiro a agosto deste ano, foram 160 acidentes na Capital provocados por motoristas que ingeriram bebidas alcoólicas antes de dirigir. Deste total, 74 tiveram vítimas com ferimentos e 2 resultaram em morte.

Contudo, o filósofo afirmou que não é impossível uma mudança de comportamento dos condutores, principalmente dos jovens, que era o público alvo do palestrante no evento de hoje. "Antigamente, o cinto não era obrigatório, depois passou a ser lei, e agora as pessoas já usam inconscientemente, foi uma mudança cultural", avaliou Cortella.

De maneira bem descontraída e reflexiva, Cortella chamou a atenção dos participantes em ponderar a frase que diz “tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”, citando a passagem bíblica. “A vida é feita de escolhas, mas precisamos estar conscientes das consequências delas”, frisou o palestrante.

Ele ainda amarrou a palestra pontuando a responsabilidade de pais e professores no papel de formadores da educação dos jovens, antes mesmo de eles atingirem a maioridade para poder dirigir. "Precisamos oferecer critérios aos jovens", disse Cortella.

Ponto de vista que a professora de geografia Analice Talgatti, 42 anos, concorda. “Se trabalharmos as regras com os jovens, fazendo-os entender e conviver com elas na sociedade, quando começarem a dirigir será mais fácil respeitar e assimilar as leis de trânsito”, opina a professora.

Resultado – Segundo o comandante da Ciptran, coronel Alírio Vilassanti, o número de vítimas fatais em acidentes de trânsito em Campo Grande reduziu 12.5% se comparado ao mesmo período de janeiro a agosto do ano passado.

Para o comandante, este resultado está atrelado às campanhas que fomentam a consciência dos motoristas de respeitar as leis de trânsito.

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