Capital

PAC da Mobilidade prevê 500 pontos de ônibus cobertos na Capital

Aliny Mary Dias | 24/05/2014 07:55
Angélica depende de ônibus e dia de chuva é desafio (Foto: Marcos Ermínio)
Angélica depende de ônibus e dia de chuva é desafio (Foto: Marcos Ermínio)

Até o fim do ano, Campo Grande terá novidades em relação às obras que pretendem melhorar a vida de quem depende do transporte público e de motoristas que circulam em meio aos ônibus. Ao todo, R$ 180 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) serão destinados para construção de quatro terminais, 62 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus e 500 pontos cobertos.

O chefe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, explica que os projetos em fase mais avançada e que devem ser executados até julho desse ano são os que preveem a construção dos corredores de ônibus. Já os terminais e os pontos de ônibus cobertos devem ter obras iniciadas durante o segundo semestre.

Em dias de chuva como nesta sexta-feira (23), a falta de pontos cobertos revolta os usuários do transporte coletivo. Para resolver o problema, os projetos do PAC Mobilidade pretendem construir 500 pontos cobertos na Capital.

Para quem depende todos os dias dos ônibus, enfrentar o sol, a ventania e principalmente as chuvas é tarefa desafiadora. A doméstica Angélica Maria da Silva, 60 anos, mora no bairro Nova Lima e precisa ir até o Jardim dos Estados todos os dias.

Usuários precisam ter paciência enquanto pontos cobertos não ficam prontos (Foto: Marcos Ermínio)

Para embarcar de volta para casa, Angélica espera a condução na Rua Antônio Maria Coelho, em um ponto sem cobertura. “É um absurdo, se está sol a gente sofre e chove também. Eu espero que eles cumpram a promessa e coloquem cobertura porque nós precisamos muito”, diz.

Outro que testemunha o sofrimento de quem depende do transporte público é dono de uma oficina mecânica situada na Rua Marques de Lavradio, no bairro Tiradentes. Por estar em frente a um ponto sem cobertura, o toldo do comerciante se transforma em ponto improvisado.

“As pessoas se protegem aqui na minha loja e é bem complicado. Quando chove forte, fica todo mundo amontoado até dentro da loja, eu vou me mudar daqui em breve e quero ver como vai ficar”, diz.

Corredores e terminais - As barreiras serão feitas na Avenida Afonso Pena, Rua Brilhante, Marechal Deodoro e Gunter Hans. No sentido bairro-centro, os corredores seguirão da Marechal Deodoro, até a Avenida Bandeirantes e depois novamente a Afonso Pena, que terá os corredores nos dois sentidos.

No Tiradentes, toldo de oficina é alternativa para usuários (Foto: Marcos Ermínio)

Em entrevista na última semana, o diretor-presidente da Agentran (Agência Municipal de Trânsito), Jean Saliba, afirmou que as barreiras seriam físicas, mas Semy explica que os detalhes ainda estão sendo fechados. “Há a possibilidade de fazer barreiras com câmeras porque aí já resolveríamos o problema da segurança, mas tudo está sendo analisado e custará em torno de R$ 100 milhões”, diz.

No segundo semestre, as licitações da construção dos novos terminais na Avenida Cafezais, Rua da Divisão, na Avenida Tamandaré e no bairro Tiradentes devem sair. Os projetos estão orçados em R$ 20 milhões e também incluem a reforma do Terminal Morenão.

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