Capital

Nem onda verde livra motoristas de congestionamentos na Capital

Mariana Lopes | 25/03/2013 07:00
Na Fernando Correa da Costa o congestionamento é grande em horários de pico (Foto: Marcos Ermínio)
Na Fernando Correa da Costa o congestionamento é grande em horários de pico (Foto: Marcos Ermínio)

O trânsito em Campo Grande está a cada dia mais tumultuado. É só andar pelas principais avenidas da cidade para perceber as filas de veículos que são formadas no início da manhã e ao final da tarde.

Na avenida Fernando Correa da Costa, os motoristas enfrentam vários trechos congestionados, desde a rua Anhanduí, no Centro, até a rua Joaquim Murtinho, no bairro Miguel Couto. Nem a onda verde, que permite o tráfego de veículos no sentido Horto Florestal-shopping com o sinal aberto em vários cruzamentos, livra os condutores do transtorno de ficar parado nos horários de pico.

A média parados no mesmo semáforo é de 10 minutos em horário de pico, o que significa o sinal abrir e fechar pelo menos três vezes. Embora reclamem, a maioria dos motoristas estão conformados com a condição do trânsito de Campo Grande e tem consciência de que este é o preço a ser pago por morar em uma capital que está abandonando os ares de interior e assumindo a cara de “cidade grande”.

“Das 7h30 às 8h, tem que ter paciência, porque o trânsito é lento aqui, todo dia é assim”, adianta o cirurgião dentista Romano Gentim, 24 anos.

Para o programador Jean Carlo Marson, o problema no tráfego de veículos não é pontual na Fernando Correa da Costa, mas sim em toda a cidade. “O trânsito em Campo Grande está só piorando, em certos horários é complicado ter um fluxo normal”, aponta o motorista.

Consciente de que a cidade está crescendo e de que o tempo gasto em qualquer trajeto só aumenta, a jornalista Marycleide Vasques, 40 anos, observa que em muitos casos o trânsito não flui porque os motoristas demoraram para sair do lugar.

“A maioria deixa para engatar a primeira só depois que o sinal abre e quem está para trás não consegue nem mudar de marcha”, critica a jornalista.

Jean Carlo observa que o trânsito piorou em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

Mas para o mestre em psicologia do trânsito Renan da Cunha Soares Junior, esse tipo de morosidade não é o que gera o congestionamento. “O que acontece é que a frota aumentou e tem mais veículos nas ruas em horário de pico, a tendência é piorar”, explica.

Por outro lado, o congestionamento também pode ser evitado, ou pelo menos amenizado, com uma mudança de comportamento. “O brasileiro está sempre atrasado, não tem o costume de se programar, tem que aprender a sair mais cedo de casa”, orienta Renan.

Outra dica do psicólogo é os motoristas procurarem caminhos alternativos. “As pessoas têm o costume de trafegar sempre pelas avenidas principais da cidade, é preciso mais planejamento de comportamento no trânsito”, observa.

Os carros ficam em média 10 minutos no mesmo sinal (Foto: Marcos Ermínio)
Para marycleide, o problema é não desenvolver as marchas do carro (Foto: Marcos Ermínio)
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