Capital

Multar ou não quem fura sinal na madrugada causa polêmica

Filipe Prado | 20/06/2014 16:25
professor
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O costume de “furar” o sinal vermelhos, principalmente, na madrugada, ainda é polêmica entre os motoristas da Capital. Eles concordam que a noite é perigoso parar no sinal, mas acham que o semáforo deve ficar em estado intermitente e que o condutor deve redobrar a atenção, ao atravessar a via.

Alguns defendem que os motoristas que avançarem o sinal vermelho, no período das 22h até às 6h, não sejam multados. Mas a maioria foi contra a atitude.

“Eu acho certo, pois há muito perigo de assalto neste horário”, relatou o eletricista Pedro Ferreira Caldas, 53 anos. Ele disse que na cidade de São Paulo a partir das 22h os semáforos de algumas regiões ficam em estado intermitente. “É mais seguro”, revelou.

Mas os outros motoristas não concordaram com a ideia. “Não é certo, acho que se ficasse intermitente, em alerta, então eu concordaria”, comentou o professor Paulo Chacon, 64, que mora em Campo Grande há aproximadamente um ano.

Ele acha perigoso “furar” o sinal fechado, por que “pode causar algum acidente”, observou, mas também não acha seguro ficar parado entre às 22h e às 6h no semáforo.

Quando a pedagoga Neuciane Carvalho Pinho, 32, precisa sair de madrugada, ela fura os semáforos fechados, mas sempre tomando os devidos cuidados. “Se estou de carro, eu paro, fecho o vidro, se estiver seguro, passo. Mas quando estou de moto, olho para os dois lados e passo”, relatou.

Mas não concorda que os motoristas não sejam multados, caso passem no sinal fechado. “Já vi vários acidentes acontecerem, muitos deles fatais”, afirmou Neuciane.

Em São Paulo, foi aprovado o projeto de Lei 798/2008, de autoria da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) proíbe a aplicação de multas por avançar o semáforo com o sinal vermelho entre as 22h e 6h, em velocidades iguais ou inferiores a 20 km/h.

O bancário Cristiano Monteiro, 36, crê que se a “furada” no sinal se tornar lei, pode acabar virando “bagunça”. “As pessoas pode banalizar isso. Não temos como saber se irá funcionar”, admitiu.

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