Capital

Motoristas criticam criação de faixas exclusivas para ônibus em três vias

Transporte coletivo pode passar a ter prioridade nas avenidas Eduardo Elias Zahran e Calógeras e Rua Ceará

Filipe Prado | 27/11/2013 09:22
A faixa exclusiva pode ser colocada em mais três ruas da cidade (Foto: Marcos Ermínio)
A faixa exclusiva pode ser colocada em mais três ruas da cidade (Foto: Marcos Ermínio)

O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande, sugeriu à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a criação de faixa exclusiva para ônibus, táxis e veículos de emergência em mais três vias da cidade. A proposta pode reduzir o tráfego de carros e motos na Rua Ceará e nas avenidas Eduardo Elias Zahran e Calógeras. No entanto, apesar de facilitar o transporte coletivo, o projeto enfrenta resistência dos motoristas. 

O diretor do Departamento de Operação da Agetran, Luiz Carlos Alencar, explica que a criação das faixas exclusivas ainda não é uma decisão concreta. “Foi uma sugestão do consórcio Guaicurus, mas ainda está sendo analisada, precisamos avaliar melhor, para não fazer algo que não vá funcionar”, ressalta.

Ele comenta que a Agetran e a Guaicurus pretendem fazer visitas técnicas a outras cidades para saber como as vias funcionam. “Essas visitas nos ajudarão a ter um norte. Nós veremos como funcionam lá e depois vemos se dá para aplicar aqui na cidade”, explica Luiz Carlos.

Mas muitos motoristas não concordam com a criação de faixas exclusivas para ônibus nessas ruas. “Acho péssimo, já tem pouco espaço aqui, se colocarem a faixa ficará mais apertado”, comenta Maria Vianna, 45 anos, sobre a Avenida Eduardo Elias Zahran.

William Sandro, 25, acha que a avenida deveria mudar para que seja colocada a faixa exclusiva. “Aqui ainda não dá, o trânsito é complicado, acho que o espaço é pouco, só se mudassem a avenida, mas acho que isso não acontece, por conta do comércio”.

Já outro Wesley Ferreira, 20, acha que a Zahran melhoraria com a faixa. “Acho que seria bom, o fluxo daqui ficaria melhor, mais rápido”, comenta.

Na rua Ceará a reclamação é a mesma, os motorista reclama do fluxo. “O fluxo aqui já é ruim, se colocarem a faixa, ficará pior”, relata Rafael Del Ciampo, 23.

O diretor de Operação da Agetran finaliza comentando que há uma série de fatores que poderão influenciar na decisão da agência. “Nós veremos se a faixa pode melhorar a fluidez da rua, se a via é binária, estudar o calçamento, a iluminação pública, é um conjunto de estudos que influenciarão nas nossas decisões”, explica Luiz Carlos.

A rua Ceará é uma das vias que poderão receber a faixa exclusiva (Foto: Marcos Ermínio)
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