Capital

Morte de Alexandre, que respirava sindicato, em colisão causa comoção

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 11/06/2014 17:05
Velório de sindicalista, em acidente na BR-060, causou comoção (Foto: Cleber Gellio)
Velório de sindicalista, em acidente na BR-060, causou comoção (Foto: Cleber Gellio)

A morte do sindicalista Alexandre Takeche de Sá, 32 anos, causou a comoção e revolta de amigos, familiares, trabalhadores dos Correios e sindicalistas. Ele morreu na volta de mais uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Dourados, quando o veículo foi atingido por uma caminhonete Hilux na BR-060, que teria invadido a contramão na noite de ontem (10).

“Ele dava o sangue pelos funcionários dos Correios”, afirmou o irmão, o executivo de vendas, Celso Takeche de Sá, 30. Mais velho de quatro irmãos, Alexandre se dedicava em tempo integral ao sindicato, do qual foi presidente e era secretário geral.

“O Alexandre vivia para o sindicato”, contou Celso. Ele também disse que o sindicalista era o pilar e referência na família.Solteiro e sem filhos, ele era extremamente empenhado e respirava o sindicato, segundo o diretor de comunicação da entidade, Adriano Fermino Teles, 34.

Adriano afirmou que Alexandre era casado com a associação (Foto: Cleber Gellio)
Vários funcionários dos Correios compareceram ao velório (Foto: Cleber Gellio)

A entidade enviou assessoria jurídica para acompanhar as investigações feitas pela Polícia Civil sobre as causas do acidente. De acordo com Teles, a suspeita é de que o grupo, que estava na caminhonete, voltava de uma festa. Além de bebidas, como vodka no carro, foram encontrados fogos de artifício.

“Temos relatos de que a caminhonete invadiu a contramão, capotou após a colisão e foi parar 50 metros depois”, contou Adriano. Para provar que o condutor do veículo estava embriagado, o sindicato solicitou a realização de exame de sangue no motorista da Hilux, Marcello Luiz da Silva, 21.

“Será difícil encontrar outro com o perfil do Alexandre”, comentou Adriano. Cerca de 20 coroas de flores foram encaminhadas ao local do velório. Sindicalistas e dirigentes dos Correios em Brasília, Acre e outros estados estão a caminho da Capital para acompanhar o velório. O PT divulgou nota para lamentar a morte.

O sepultamento está previsto para as 14h de amanhã, no Cemitério Jardim das Palmeiras, segundo o sistema de controle de sepultamentos da Prefeitura da Capital.

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