Capital

Moradores reclamam de falta de sinalização na Avenida Tiradentes

Paula Vitorino | 06/06/2011 13:27

Em Escola, alunos não tem faixa de pedestre para travessia

Placa indica escola, mas faixa de pedestre está apagada. (Foto: João Garrigó)
Placa indica escola, mas faixa de pedestre está apagada. (Foto: João Garrigó)

Sem faixa de pedestre e sinalização em diversos trechos, morar ou estudar na Avenida Tiradentes – bairro Taveirópolis – é uma tarefa difícil em Campo Grande. As reclamações dos moradores são diversas, mas os principais problemas são o abuso na velocidade e a dificuldade para a travessia da via.

A reportagem do Campo Grande News ainda flagrou uma motociclista cortando caminho e seguindo pela Avenida na contra-mão, até chegar na 26 de Agosto e virar.

Já no início da Avenida, no cruzamento com a Duque de Caxias, a Escola Estadual Guia Lopes não conta com nenhuma sinalização. Uma placa indicativa de escola, mostrando duas pessoas passando por uma faixa, até existe, mas falta a passarela de pedestre, que está apagada na via.

“Sempre foi assim. Acho ridícula essa situação”, desabafa a inspetora da escola há 11 anos, Ana Paula da Silva.

A funcionária conta que os alunos têm de “se virar” para atravessar a avenida e ainda questiona “em escola particular tem quebra-molas, guardinha e tudo mais. Por que aqui não tem?”.

Na frente da escola, uma parte do canteiro derrubado é a prova do desrespeito dos motoristas. "Um motorista desgovernado entrou aqui", conta.

De acordo com a inspetora, a hipótese de uma lombada eletrônica já foi descartada pelos órgãos de segurança, mas os funcionários pedem ao menos uma passarela elevada – junção da faixa de pedestre com quebra-molas.

Travessia - A dificuldade em atravessar a Avenida também é um problema de moradores vizinhos. “Com sorte, é pelo menos cinco minutos de espera para conseguir atravessar”, conta Keliane Ribeiro Ferreira, de 38 anos, que mora próximo ao cruzamento com a 26 de Agosto.

A professora Maria Raimunda Bonfim, de 36 anos, que é vizinha do cruzamento, afirma que falta “uma sinalização para o pedestre poder atravessar a via”.

Mas a moradora da Avenida diz que ao menos uma placa indicando a velocidade permitida na via já seria um passo para resolver o problema.

“Os motoristas passam com tudo aí. Não tem nada para brecar a velocidade”, afirma.

A via rápida e limpa de obstáculos atrapalha até a entrada e saída de veículos nas casas da Avenida, segundo Keliane. “Para poder sair de casa é uma dificuldade grande”, diz.

Cruzamento tem fluxo intenso de veículos. Faixas de sinalização estão apagadas.
Motociclista foi flagrada seguindo cortando caminho pela contra-mão, no cruzamento da Avenida Tiradentes com a Rua 26 de Agosto.

Semáforo - Ainda no cruzamento da 26 de Agosto e também com a Avenida Salgado Filho, o problema é a travessia de veículos. “Você chega a ficar 20 minutos parado ali para conseguir passar”, garante o motorista João Medina, de 67 anos.

Para os moradores, os dois cruzamentos precisam de semáforos. O fluxo de veículos é intenso nos dois trechos, principalmente no horário de pico. “Depois das 16h é um inferno para passar ali. Tem muitos veículos”, afirma.

Resposta - O diretor de trânsito da Agetran, Janini de Lima Bruno, informou que a sinalização em torno da Escola Estadual Guia Lopes será feita juntamente com a conclusão das obras na Avenida Duque de Caxias.

Ainda não há previsão para os serviços e também detalhes sobre os equipamentos que devem ser instalados, mas ao menos uma faixa de pedestre será feita.

Já a sinalização horizontal de toda a Avenida Tiradentes deve ser feita em julho, como parte das ações da Agetran em vias movimentadas. A Agência também deve implantar um semáforo na Salgado Filho, com possibilidade de radar acoplado, mas não existe prazo para a instalação.

No entanto, Janini esclareceu que não existe possibilidade de colocar quebra-molas na Avenida.

“Quando colocarmos o semáforo na Salgado Filho já vai diminuir a velocidade na via e colocamos também a faixa de pedestre. Agora a colocação de outras faixas de pedestre e radares eletrônicos precisa ser estudada”, afirmou.

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