Capital

Juiz manda soltar médico que matou ao dirigir bêbado, sem necessidade de fiança

Adriano Fernandes | 06/09/2018 22:43
Médico na delegacia após a prisão. (Foto: Bruna Kaspary)
Médico na delegacia após a prisão. (Foto: Bruna Kaspary)

O juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, mandou soltar o médico Edson de Arruda Alves que havia sido preso em flagrante na madrugada de domingo (2), após causar o acidente que matou Márcia Martins Honório, de 37 anos.

Edson conduzia embriagado a Mercedes Benz Sedan que atingiu a traseira do Fiat Punto, onde estavam a vítima e o namorado, de 37 anos. Desde então ele estava detido no Garras (Delegacia de Repreensão de Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), mas o alvará de soltura expedido nesta tarde (06) determinou a liberação imediata do médico, sem sequer haver a necessidade de pagamento de fiança.

O juiz revogou a prisão preventiva, atendendo ao pedido da defesa do médico, - encaminhada ontem (05) a justiça -, que solicitava a substituição da prisão por medidas cautelares. Edson de Arruda terá apenas que comparecer mensalmente em juízo para comprovar suas atividades e seu endereço, assim como em todos os atos do processo e não se ausentar da cidade sem prévia autorização da justiça.

Veículo Punto em que estavam a vítima fatal e o namorado. (Foto: Direto das Ruas)

Acidente

Edson de Arruda é médico Servidor da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e sócio da Medtrans - empresa médica que presta serviço ao Detran (Departamento Nacional de Trânsito) .

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o médico conduzia uma Mercedes Benz Sedan em sentido a saída de Três Lagoas quando atingiu a traseira do Fiat Punto, onde estavam a vítima e o namorado, de 37 anos.

Com a colisão o veículo rodou e saiu da pista, parando às margens da rodovia.Ainda conforme os policiais que atenderam a ocorrência, a velocidade da Mercedes era tanta, que mesmo com o acidente o médico não conseguiu parar e atingiu uma carreta que seguia na frente do carro das vítimas.

Ainda na madrugada de domingo (2) ele foi submetido a teste do bafômetro, que constatou 0,71 miligramas de álcool por litro de ar, valor muito acima do permitido para que o caso não seja crime.

Para a polícia, o médico afirmou que havia bebido duas cervejas na casa de uma amigo. Na delegacia, os advogados do médico alegaram que o acidente não foi causado pela embriaguez, mas sim pela falta de visibilidade, já que era madrugada e chovia no momento da colisão.

A advogada Andrea Flores explicou que o cliente voltava da casa de um amigo, e resolveu ultrapassar uma carreta bitrem. Ao terminar a manobra e voltar para a pista de sentido a saída de Três Lagoas, atingiu o Fiat Punto, onde a vítima estava.

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