Capital

Irmã reconhece guarda municipal como vítima de acidente com 2 mortes

Sônia Lira identificou corpo do irmão por uma placa de metal no ombro esquerdo e pelos pés; polícia ainda pode pedir DNA

Anahi Zurutuza e Mirian Machado | 27/09/2017 11:48
Irmã do guarda municipal (de cabelos brancos) e colegas dele na saída do Imol (Foto: André Bittar)
Irmã do guarda municipal (de cabelos brancos) e colegas dele na saída do Imol (Foto: André Bittar)

Sônia Lira, a irmã do guarda municipal Anderson de Lira Ramos, de 37 anos, reconheceu um dos corpos carbonizados após colisão contra poste na avenida Mato Grosso. Ao deixar o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), ela revelou que o irmão tinha uma placa de metal no ombro esquerdo e que ela o reconheceu pelos pés.

A suspeita é que o segundo corpo seja de um rapaz de 21 anos, um aluno do guarda municipal que também trabalhava como instrutor de trânsito.

A Polícia Civil ainda pode solicitar exame de DNA para ter certeza que o guarda municipal é uma das vítimas do acidente.

Sônia foi até o Imol acompanhada de outros dois guardas municipais e preferiu não comentar mais nada sobre o caso. Já o irmão do rapaz de 21 anos também foi ao instituto, mas não falou com a imprensa.

Acidente – O acidente aconteceu por volta das 2h desta quarta-feira (27), na Mato Grosso quase esquina com a Rui Barbosa. As imagens das câmeras de segurança que o Campo Grande News teve acesso mostram gravações a 1h27 e a 1h30. Confira:

De acordo com a BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), na pista há marca de frenagem bem longa, mais ou menos de 57 metros, uma evidência de que o condutor estava em alta velocidade.

Por causa da batida, o veículo pegou fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os ocupantes não conseguiram sair a tempo e morreram carbonizados. 

Bombeiro durante o combate às chamas que tomaram conta do Honda City (Foto: Direto das ruas)
Restos do veículo queimado no local da ocorrência (Foto: Marina Pacheco)

Suspeitas iniciais – No local do acidente, familiares não reconheceram o guarda municipal, embora tenham confirmado que o veículo pertencia a ele.

Teria sido encontrada uma arma de fogo no carro, informação até agora não confirmada. Segundo familiares, Anderson não tinha arma.

Antes da identificação, os parentes suspeitavam que o servidor teria sido vítima de roubo. “Ele saiu sozinho ontem [terça-feira, 26] por volta das 20h dizendo que ia receber o pagamento de um aluno, no bairro Aero Rancho. Horas depois já não atendia mais as ligações”, contou Sônia Lira, no início da manhã desta quarta-feira.

“A gente não sabe se um dos corpos é o de Anderson. E se meu irmão foi roubado? Ele não tem arma. Onde é que está o meu irmão?”, questionou durante a entrevista por telefone.

 

Nos siga no