Capital

Cruzamento da Petrópolis com Marginal Lagoa tem terceira morte

Paula Vitorino | 08/03/2012 10:36
Terceira morte foi registrada em cruzamento da Marginal Lagoa. (Foto: Marlon Ganassin)
Terceira morte foi registrada em cruzamento da Marginal Lagoa. (Foto: Marlon Ganassin)

A jovem Janaina de Souza Candido, de 25 anos, morreu ontem na Santa Casa após ficar 8 dias internada por causa de acidente no cruzamento da Petrópolis com a Avenida Lúdio Coelho (Marginal Lagoa).

Essa é a terceira morte provocada por acidente de trânsito que acontece no mesmo local desde a inauguração da avenida, em dezembro de 2011.

Janaina seguia pela avenida em uma motocicleta quando foi atingida por um caminhão, que avançou o sinal de pare da Petrópolis. O acidente aconteceu no dia 28 de fevereiro e Janaina teve morte cerebral decretada ontem à tarde.

O cruzamento é alvo de reivindicações dos moradores desde a inauguração da avenida. Eles pedem a colocação de um semáforo em caráter de emergência, questionando o prazo de 60 dias informado pela Agetran.

“Todo dia acontece acidente. É um caso de emergência. Se demorar mais 60 dias para instalar o semáforo, serão mais 60 acidentes e mais vítimas. Pessoas vão continuar morrendo”, avalia.

O Diretor de Trânsito da Agetran, Janine de Lima Bruno, explica que o procedimento público precisa cumprir etapas e que a previsão de instalação do semáforo é só daqui a 60 dias. O equipamento também terá radar.

Até a próxima segunda-feira o próximo de licitação deve ser aberto. Após cerca de 30 dias a empresa responsável deve ser definida e precisa de mais 30 dias para a instalação do equipamento.

Janine ressalta que “não existe ninguém mais preocupado com a situação no local, mas que é preciso cumprir a lei e seus prazos, que valem para todo o país”.

Enquanto o equipamento não é instalado, a Agetran está enviando equipes no local esporadicamente para fazer o monitoramento do trânsito. “Não podemos manter uma euipe integralmente porque a cidade tem outros pontos críticos também”, diz.

O presidente do bairro rebate dizendo que a presença esporádica da Agetran não resolve o problema e caso nenhuma providência seja tomada os moradores vão organizar uma manifestação.

“Essa avenida já devia ter sido entregue pronta, com os equipamentos de redução de velocidade”, diz.

Janine ainda chama a atenção para o fato do cruzamento ser sinalizado na vertical e horizontal, álém de ter visão ampla para os motoristas, mas que o maior problema no local é a falta de respeito dos condutores.

Sinalizações - Além do cruzamento com a Petrópolis, a Marginal Lagoa vai receber sinalização no trecho próximo a rua das Árvores. De acordo com Janine, a previsão é de 45 dias para a instalação de um radar de 50 km/h de velocidade.

Já no outro local alvo de reclamações, em frente a entrada da Base Área, Janine esclarece que não tem possibilidade de instalação de semáforo, como moradores reivindicam.

No local já foram instaladas travessias elevadas nos dois sentidos da via, com o objetivo de proteger os pedestres e reduzir a velocidade dos motoristas.

“Semáforo só é instalado em cruzamentos com fluxo intenso de veículos. Ali a travessia é o melhor, não tivemos mais acidentes com vítimas no local”, diz.

Ele ainda explica que por conta da via paralela não ter movimento intenso de veículos ao longo de todo o dia, um semáforo no local acabaria induzindo a infração, já que o motorista iria se acostumar a furar a sinalização, avaliando que não existe movimento de veículos.

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