Capital

Contra trânsito caótico, blitze móveis começam amanhã na Capital

Fabiano Arruda e Ana Paula Carvalho | 27/07/2011 15:59
 
Diretor do Detran explica dinâmica das fiscalizações. Para ele, falta educação no trânsito. (Foto: João Garrigó)
Diretor do Detran explica dinâmica das fiscalizações. Para ele, falta educação no trânsito. (Foto: João Garrigó)

Para identificar veículos e motoristas irregulares e minimizar o caos que vive o trânsito de Campo Grande, o Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito) anunciou nesta quarta-feira a realização de blitze móveis a partir de amanhã em vias estratégicas e rápidas.

A mecânica da fiscalização, que vai se estender até o final do ano, funcionará da seguinte forma: numa das faixas da rua ou avenida, que tiver a blitz, haverá um carro do Detran com equipamento capaz de fotografar e identificar as irregularidades.

A partir do momento em que o veículo "cair" nesta faixa, específica para a blitz, a velocidade permitida será de 30 quilômetros por hora. Em fração de segundos, o carro do departamento apontará um laudo.

Na quadra seguinte do fluxo estarão agentes de trânsito que serão comunicados se o motorista possui pendências ou não após passar pela blitz móvel.

A partir da identificação da infração, o procedimento funciona da mesma maneira que uma blitz comum. Em casos de licenciamento vencido, por exemplo, o autuado terá de se dirigir a uma unidade do Detran para quitar os débitos. Caso haja necessidade o carro será guinchado ao pátio do órgão.

Segundo o diretor presidente do Detran, Carlos Henrique Santos Pereira, a dinâmica não vai atrapalhar o trânsito.

Nos primeiros 15 dias de fiscalização, serão duas blitze por dia, uma de manhã e outra à tarde, com dois carros de atuação. Depois a expectativa é que serão quatro diárias e, caso necessário, informa Pereira, será incorporado mais um veículo para o trabalho.

Mal educados - Para o diretor do órgão, o maior problema no trânsito campo-grandense é a falta de educação dos condutores e o respeito à harmonia das vias. “Um pedestre não consegue atravessar a Afonso Pena fora da faixa de pedestre. O motorista não respeita”, ilustra.

Blitze móveis serão realizadas duas vezes por dia nos primeiros 15 dias.

Outro exemplo apontado por Pereira está em números: ele conta que, entre 1º a 18 de julho, assinou 1.823 portarias de infrações de trânsito. Desse número pelo menos 20% resulta em cassação ou suspensão de dirigir, complementa.

O chefe do departamento em Mato Grosso do Sul ainda prevê que cerca de 400 CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) serão cassadas até o final deste ano contra 200 cassadas no ano passado e 100 em 2009.

Auto-escolas sem culpa - Ele também considera que a culpa não está na formação oferecida pelas auto-escolas. Como exemplo, cita que jovens entre 18 e 19 anos, que têm a carteira provisória, envolvem-se em apenas 7% dos acidentes, número que geralmente aumenta após conquistarem a habitação definitiva.

“Eles saem da auto-escola bem formados. As auto-escolas são capacitadas e as provas práticas não são fáceis”, diz Carlos Henrique Santos Pereira.

 

Inspeções - Outra consequência das fiscalizações móveis será a inspeções veiculares. A intenção é retirar das vias os carros que não tiverem condição de trafegar.

 

Conforme o diretor do Detran, o motorista que tiver constatada má condição em seu veículo terá a oportunidade de se dirigir ao órgão para regularização. Caso a situação seja novamente reprovada, o veículo será proibido de trafegar.

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