Capital

Cansados de presenciar acidentes, comerciantes pedem semáforo em cruzamento

Nyelder Rodrigues e Elverson Cardozo | 18/05/2012 23:17
Acidentes já viraram rotina na esquina, acontecendo quase todos os dias (Foto: João Garrigó)
Acidentes já viraram rotina na esquina, acontecendo quase todos os dias (Foto: João Garrigó)

Um acidente envolvendo uma motocicleta Honda Titan preta e um veículo de passeio deixou uma vítima com fratura na perna direita. O fato ocorreu na tarde dessa sexta-feira (18), no cruzamento entre as ruas Pernambuco e Pe. João Crippa, no bairro São Francisco, em Campo Grande.

A vítima foi o motociclista Cliomar Oliveira Barbosa, de 25 anos, que foi encaminhado para a Santa Casa. A condutora do carro, que não teve a identidade divulgada e não quis conversar com a reportagem, não sofreu ferimentos.

Apesar da fratura na perna da vítima, o que mais chama a atenção no acidente de hoje é o alto índice de colisões entre veículos no local. Segundo comerciantes e moradores da região, praticamente todos os dias há acidentes no cruzamento.

Uma das pessoas que atestam os problemas no local é Paulo Régis, de 39 anos, administrador de uma clínica médica na rua Pernambuco.

Em conversa com a reportagem, ele foi enfático ao dizer que acontecem acidentes todos os dias, já virando uma rotina do local, alguns graves e envolvendo muitas vezes grávidas. “Já teve quatro acidentes no mesmo dia, um seguido do outro”, conta o Paulo.

Obstáculos foram construídos no local após um carro invadir prédio na esquina (Foto: João Garrigó)

Segurança - Em 2007, a empresa, que divide terreno com uma pizzaria que fica na esquina, recebeu uma multa porque o dono da pizzaria instalou barreiras de concreto em volta do estabelecimento.

A atitude foi tomada logo após um carro ter invadido o prédio, sendo que a multa, no valor de R$ 1.023,08, foi suspensa após entrada de recurso.

O proprietário da pizzaria, Adriano Dantes, de 33 anos, diz que não irá retirar os obstáculos do local enquanto a Agetran não instalar semáforos no cruzamento.

“Um carro pode entrar aqui e matar um. Aí é pior. Eu tenho que garantir segurança”, diz Dantes, se referindo aos acidentes. Ele também afirma houve casos das barreiras terem impedidos que carros invadissem novamente o prédio.

Paulo Régis diz que pediu semáforo no local em junho de 2010, mas não teve resposta até agora (Foto: João Garrigó)

Sinalização e fluxo - Paulo Régis diz que em junho de 2010, enviou ofício para a Agetran solicitando a instalação de semáforo no local, mas até o momento não obteve resposta da entidade.

O cruzamento é sinalizado com placas de parada obrigatória, porém, segundo Paulo Régis, o fluxo de veículos é tão intenso que muitas vezes o condutor fica parado de 10 a 15 minutos na rua Pernambuco, aguardo uma oportunidade de atravessar.

“Ninguém consegue atravessar e é obrigado a arriscar. É aí que surgem os acidentes”, comenta Paulo, que crê na necessidade e cobra um semáforo no cruzamento. Ao final, ele ainda acrescenta: “o pessoal da pizzaria passa o tempo todo socorrendo o pessoal que sofre acidente”.

Nos siga no