Capital

Câmeras de segurança registraram acidente que matou advogada

Conforme o delegado Geraldo Marim Barbosa, as imagens serão encaminhadas para perícia, que vai calcular a velocidade dos dois veículos

Viviane Oliveira e Geisy Garnes | 09/11/2017 09:53

Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram o acidente que terminou com a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, e feriu o filho dela de 3 anos e 8 meses, na madrugada de quinta-feira (dia 2), na Avenida Afonso Pena, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

É possível ver no vídeo o momento o Volkswagen Fox, de cor preta, conduzido pela advogada fura o sinal vermelho no sentido Avenida Paulo Coelho Machado, quando tem o automóvel atingido pela caminhonete Nissan Frontier, dirigida por João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, e que tinha como passageiro o irmão de 21 anos.

A batida foi tão forte que Fox foi parar a 100 metros do ponto da colisão e capotou. A caminhonete também capotou e parou tombada. Segundo a Polícia de Trânsito, João trafegava em torno de 160 km/h. Após a batida, o rapaz fugiu a pé sem prestar socorro e só se apresentou à polícia dois dias depois. Carolina morreu no local. O filho dela, de 3 anos e 8 meses, que estava na cadeirinha no banco traseiro, fraturou a clavícula. A criança recebeu alta no domingo (5). O irmão de João Pedro também precisou de atendimento médico, mas em seguida foi liberado. 

Conforme o delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil, Geraldo Marim Barbosa, as imagens serão encaminhadas para perícia, que vai calcular a velocidade dos dois veículos. O inquérito para ser concluído depende tanto dos laudos das imagens quando necroscópico e da perícia feita no local do acidente. “Estamos ouvindo mais testemunhas também. Duas já se apresentaram espontaneamente”, diz a autoridade policial.

Segundo a Polícia de Trânsito, João trafegava em torno de 160 km/h (Foto: reprodução/vídeo)
Segundo a Polícia de Trânsito, João trafegava em torno de 160 km/h (Foto: reprodução/vídeo)

Ainda conforme Geraldo, João Pedro, o irmão e o pai dele, também já foram intimidados. “Todas as testemunhas ouvidas até agora afirma que o motorista seguia em alta velocidade e apresentava sinais de embriaguez”, afirma. João Pedro responde por homicídio doloso, pois assumiu o risco de matar, lesão corporal, omissão de socorro e evasão de local de acidente.

Prisão - João Pedro teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), mas se apresentou à Polícia Civil na tarde de sábado (4). O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. No entanto, teve o pedido de prisão revogado e na segunda-feira (6) foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 50.598,00. Ele responde ao processo em liberdade e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Caminhonete ainda permanece no pátio da delegacia (Foto: André Bittar)
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