Capital

"Onda Verde" não impede veículo de parar em todos os semáforos

Aliny Mary Dias | 23/09/2013 09:05
Na Afonso Pena, motoristas não conseguem transitar em vários semáforos abertos (Foto: Marcos Ermínio)
Na Afonso Pena, motoristas não conseguem transitar em vários semáforos abertos (Foto: Marcos Ermínio)

Implantado em 2010 na região central de Campo Grande, o sistema “Onda Verde”, que possibilita a fluidez no trânsito por meio da sincronização dos semáforos, é alvo de reclamações constantes de motoristas. As três primeiras etapas do sistema foram colocadas em prática ao longo do ano de 2010, mas de lá para cá, poucas ruas tiveram o pleno funcionamento do sistema e o fim dos congestionamentos.

Desde o início do projeto, a principal avenida da cidade era uma das principais vias a terem a Onda Verde. Segundo os motoristas, há algum tempo a situação melhorou, mas nos últimos meses a sincronização desapareceu.

“Eu dirijo o dia todo na cidade e essa Onda Verde a gente quase não vê. Na Afonso Pena, por exemplo, paramos em quase todos os semáforos, é uma situação horrível pra quem está na rua o dia todo”, conta o taxista Valter José, de 58 anos.

Outro alvo de reclamações é a Avenida Fernando Corrêa da Costa, a reportagem do Campo Grande News percorreu o trecho e constatou que a sincronização só existe em parte da avenida.

No cruzamento com a Rua Bahia, por exemplo, quando o semáforo abre, o seguinte, com a Rua Joaquim Murtinho, fecha. A mesma situação ocorre nos sinais seguintes até a José Antônio.

Até a 14 de Julho, a sincronização faz com que os motoristas peguem mais de três semáforos abertos em sequência, mas daí em diante os problemas recomeçam. “Para mim não funciona, aqui na Fernando Corrêa a gente pega vários sinais fechados e abertos em sequência”, conta motorista Marcio Melo. 

Taxista diz não ver sistema em funcionamento (Foto: Marcos Ermínio)

E não é só quem dirige com frequência na região central que reclama da falta de sincronização. Gentil Pereira, 56 anos, mudou-se há dois anos para Campo Grande e, apesar do sistema já estar em funcionamento, diz não ver a Onda Verde em ação.

“Eu dirijo pouco, mas todas as vezes que estou na rua pego semáforos verdes e vermelhos. Se tivesse a Onda Verde seria muito melhor”, conta Gentil.

Investimento – Em maio, a diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Kátia Maria Moraes de Castilho, afirmou que R$ 12 milhões liberados pelo Ministério dos Transportes serão investidos na implantação de equipamentos eletrônicos da Onda Verde.

De acordo com a diretora, as instalações dos novos equipamentos devem começar ainda neste ano e os trabalhos serão finalizados no segundo semestre de 2014. O equipamento será instalado na rua Ceará, avenida Costa e Silva, avenida Fernando Correa da Costa e avenida Mato Grosso. A região tem 200 cruzamentos.

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