Economia

Sindicato rural nega invasão de área em Coronel Sapucaia

Redação | 25/11/2009 16:59

Contestando comunicado do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o Sindicato Rural de Amambai nega qualquer invasão por índios guarani em área de Coronel Sapucaia, a 394 quilômetros.

Segundo o presidente da entidade, Cristiano Bortolloto, depois de notícia veiculada pela imprensa estadual e nacional, houve uma mobilização por informações sobre a ocupação, mas nada foi confirmado.

"O mistério é saber como o Cimi já sabe de uma invasão que nem aconteceu ainda", ironiza o produtor rural.

Na versão dele, o clima tenso na região, por conta da disputa por terras, é algo produzido por organizações de defesa dos direitos indígenas.

"Nunca tivemos problemas com os índios aqui, isso é coisa orquestrada pelo Cimi", ataca.

O representante dos ruralistas diz que a classe está aberta ao diálogo, mas não abre mão das áreas que ocupa hoje. "Tem produtor querendo vender terras, porque o governo não compra", questiona.

Segundo nota do Cimi, enviada na manhã de hoje, pelo menos 250 índios guarani-kaiowá ocuparam na madrugada desta quarta-feira uma fazenda no município de Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai.

De acordo com nota , os índios retomaram parte da terra tradicional Kurussu Ambá, a 5 km da fazenda Madama. Em 2007, a índia Julite Lopes, 70, foi morta a tiros por seguranças particulares durante desocupação da área.

Conforme o Cimi, os índios da comunidade de Kurussu Ambá estavam há quatro anos na beira da rodovia MS-289 que liga Amambai a Coronel Sapucaia. Sem acesso a água potável, com alimentação precária e falta de atendimento de saúde, três crianças do acampamento morreram de desnutrição desde 2007.

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