Economia

Maracaju sofre com perdas nas lavouras do milho safrinha

Paula Vitorino | 06/07/2011 09:04

Período de seca e geadas são principal causa

Após os prejuízos com a produção de soja no início deste ano, devido as constantes chuvas, agora o inverno deve causar perdas na safra de milho do Estado de até 200 milhões, segundo pesquisa da Fundação MS. A estimativa é que a média produtiva sofra queda de até 20% em todo Estado.

Desta vez, a região enfrenta um período de seca por mais de 40 dias, seguido de baixas na temperatura e registro de geadas nas últimas semanas. Maracaju é o município considerado como maior produtor de milho safrinha do Mato Grosso do Sul e o que deve ser mais afetado, com perdas de mais de 38 milhões.

Sidrolândia, Rio Brilhante e a região da Grande Dourados engrossam a lista dos municípios que sofrem com o frio. As plantações ocorridas depois de 15 de março são as que mais sofreram com os danos e podem representar uma quebra de produtividade em torno das 612 mil toneladas de grãos em mais de 300 mil hectares afetados.

No entanto, a Fundação MS afirma que ainda é cedo para mensurar com exatidão as perdas. As chuvas que ocorreram após as geadas dificultam os levantamentos e a previsão de geada para esta semana ainda pode aumentar os danos nas áreas já afetadas.

Economia - Pelo menos 82% do dinheiro que circula em Maracaju é em virtude da agricultura e, por isso, os prejuízos na safra afetam diretamente a economia do município. O prefeito Celso Vargas esteve em Brasília nesta terça-feira (5) buscando investimentos para a educação e disse que o efeito cascata é sentido em grandes proporções em todos os setores.

“O produtor despeja uma quantidade enorme de dinheiro na economia e ainda investe na produção e derepente com a perda da produção, perdemos todos”, disse, lembrando que deve haver novamente uma ação conjunta para aliviar os danos.

Já o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Eduardo Riedel, defende ações de prevenção para diminuir os prejuízos dos produtores. Segundo ele, a única saída em proteção ao produtor é investir em melhor política de segurança, já que a agricultura sofre diretamente com os impactos climáticos.

“As perdas só não são maiores porque o produtor desfruta hoje de alta tecnologia. O seguro rural é uma saída”, comentou.

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