Economia

Produtores pressionam governo contra importação de gado

Redação | 02/06/2009 13:20

Depois de mais de uma hora em reunião com o governador André Puccinelli (PMDB), o presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, disse que saiu satisfeito do encontro. A intenção era demover o Puccinelli da criação de um corredor sanitário para importar gado do Paraguai.

"O governador ouviu nossas reivindicações e acreditamos que as decisões daqui para frente serão no sentido de beneficiar a classe", resumiu Maia ao deixar o gabinete de Puccinelli.

Mesmo saindo da reunião sem uma definição clara do que o governo vai fazer quanto às reivindicações dos pecuaristas, o presidente da Acrissul disse que foi uma "vitória do entendimento". Segundo ele, o compromisso que Puccinelli fez foi o de "analisar" as alternativas.

Conforme Maia, a importação de gado do Paraguai gera preocupação principalmente quanto às questões sanitária, comercial e de mercado.

Aftosa - Com relação ao gado paraguaio a maior preocupação da classe produtora é quanto ao risco de contaminação do rebanho brasileiro com a febre aftosa. A última vez que Mato Grosso do Sul registrou um caso, foi em 2006, em Eldorado, quando mais de 35 mil cabeças de gado tiveram de ser sacrificadas e trouxe milhões de Reais em prejuízo para o setor. Durante as investigações, descobriu-se que a origem da doença estava no trânsito de amimais do Paraguai em território brasileiro.

Além da questão sanitária, também há o temor que o gado paraguaio, que é mais barato, derrube o preço da arroba.

Devido a um pedido do governo do Estado, o Ministério da Agricultura autorizou a abertura de um corredor sanitário na ZAV (Zona de Alta Vigilância) para a importação de até 10 mil cabeças de gado por ano. Conforme Puccinelli, a medida tem como objetivo garantir o funcionamento o frigorífico Marfrig, em Porto Murtinho, que tem capacidade para abater até 800 cabeças por dia.

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