Economia

Novo frigorífico vai abater peixes de 200 produtores até o início de 2015

Caroline Maldonado | 10/07/2014 11:30
Empreendedor investirá R$ 2 milhões na construção do frigorífico (Fotos: Marcelo Calazans)
Empreendedor investirá R$ 2 milhões na construção do frigorífico (Fotos: Marcelo Calazans)

Um novo frigorífico, de pequeno porte, que irá ser construído no Bairro Amambaí, é visto como um pontapé importante do desenvolvimento da psicultura para mais de 200 produtores de Campo Grande.

O investimento de R$ 2 milhões para instalação, até o final deste ano, será privado, mas contará com a parceria das superintendências municipal e estadual da Pesca e Aquicultura, que foram criadas no final de 2013 e já contam com mais de 40 milhões do Governo Federal para o desenvolvimento da psicultura, de acordo com o superintendente federal da Pesca e Aquicultura, Luiz David Figueiró.

Os psicultores que já atuam no setor ou estão se preparando para iniciar a produção contarão com apoio técnico e participarão de cursos pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

Com esses fornecedores, a estimativa do frigorífico é abater pelo menos 3 mil quilos por dia. “O grande gargalo da psicultura hoje é a falta de ter onde fazer o abate aqui na cidade, porque o mercado aqui é muito bom”, afirmou o produtor responsável pelo empreendimento, Luiz Carlos Acorci Filho. Segundo Luiz, o frigorífico já fez parcerias com emprendedores de Minas Gerais e São Paulo.

O 1º Encontro de Psicultores de Campo Grande reuniu os produtores e representantes dos órgãos encolvidos nas ações de fomento do setor, hoje (10), no auditório do Instituto Histórico e Geográfico. Um deles é funcionário público Daniel Paniago, que já está construindo 18 tanques na propriedade de 10 hectares, no distrito de Ahanduí. Junto com a família ele pretende produzir 18 mil toneladas de peixes até abril de 2015. “Vai ser uma renda boa porque a nossa terra tava parada lá. A gente tinha vontade de trabalhar com peixe, mas não tinha onde abater”, disse Daniel.

Encontro reuniu produtores e representantes dos órgãos que apoiam o setor.
Funcionário público vai construir tanques para aumentar a renda da família.

Ramão Faustino, que tem dois lotes no assentamento Sucuri também está entusiasmado com o novo frigorífico e já está providenciando dois tanques para começar a produção junto com os familiares e uma outra família do assentamento. “Vai ser muito bom, porque vai ser uma renda maior, porque a gente tem criação só de galinha e porco, por enquanto, mas a gente sabe que tem mercado aqui”, afirmou.

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