Economia

Moka cobra agilidade na liberação de recurso para safra

Redação | 17/02/2009 17:13

O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) reclamou hoje, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, da dificuldade de acesso aos recursos para custeio da safra 2008/2009.

As verbas anunciadas pelo governo federal ainda não foram liberadas aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, por conta do excesso de exigências feitas pelo Banco do Brasil, avalia Moka.

O alerta foi apresentado ao deputado pela Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul). A entidade informa que a produção do milho safrinha deverá cair cerca de 15% no Estado apenas como conseqüência da demora no repassado.

"De que adianta o governo anunciar com estardalhaço que há dinheiro à vontade para financiar a safra, se os bancos públicos impõem exigências absurdas?", questionou Moka por meio de sua assessoria.

A maior dificuldade é o endividamento. Segundo o deputado, produtores são obrigados a prorrogar as dívidas e "acaba se transformando em cliente de alto risco. O agricultor vive um dilema muito grande: se ele prorroga o pagamento dos seus débitos, não tem dinheiro novo. Se não prorroga, não consegue novos empréstimos. Ou seja, o agricultor está sem saída", justificou.

Moka lembrou que um agravante nesta safra é que o produtor deixou de contar com o financiamento das empresas multinacionais, cujos recursos são captados no exterior.

Em aparte, o deputado Odacir Zonta (PP-SC) criticou a política agrícola está sendo conduzida pelo País, a tendência é que o setor acabe entrando em colapso em pouco tempo.

Já Valdir Colatto (PMDB-SC) lembrou que os agricultores estão sem as mínimas condições de plantar, em decorrência da burocracia do sistema financeiro.

O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) ironizou as medidas adotadas pelo governo para socorrer vários setores da indústria brasileira, dizendo que "a impressão que se tem é que o brasileiro comerá pregos, parafusos, cimento e outros objetos, menos arroz e feijão". (informações da assessoria

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