Economia

Medidas anunciadas pelo governo tentam agilizar transporte de 60% da safra de MS

Bruno Chaves | 06/05/2014 18:40
Medidas tentam agilizar escoamento de produção no Porto de Santos (Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura)
Medidas tentam agilizar escoamento de produção no Porto de Santos (Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura)

O Governo Federal anunciou, nesta terça-feira (6), os resultados do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) para gestão do escoamento da safra brasileira. Instituída em abril de 2013, por meio da Portaria nº 231/2013, a força tarefa já evitou congestionamentos no primeiro quadrimestre deste ano nas vias de acesso ao Porto de Santos (SP), responsável pela exportação de 60% do que é produzido em Mato Grosso do Sul.

Para falar sobre o assunto, os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, dos Transportes, Cesar Borges, e da Secretaria Especial de Portos, Antonio Henrique Silveira, se reuniram, hoje, em entrevista coletiva concedida à imprensa em Brasília (DF). O tema abordado foi o escoamento da safra de grãos 2013/14, especialmente de soja, pelo Porto de Santos, considerado o principal do País.

Conforme o membro do Sindicargas/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Cargas do Estado), Helton Celin, 2/3 do que é produzido em Mato Grosso do Sul para a exportação é enviado para o exterior por meio do Porto de Santos. “Contamos com duas principais rotas: os portos de Santos e de Paranaguá (PR). Mas as empresas procuram o de Santos por causa da capacidade maior”, explicou.

Agendamento – Entre as medidas tomadas pelo GTI que foram destaques este ano está o agendamento da chegada de veículos aos terminais do Porto de Santos, que contribuiu para diminuir consideravelmente o congestionamento na região periférica do local.

Dados da SEP (Secretaria de Portos da Presidência de República) apontam que em janeiro, quando teve início o monitoramento, 69% dos caminhões com destino ao Porto de Santos estavam agendados. No final de abril, esse percentual chegou a 95%.

Demais medidas – O GTI com integrantes das pastas de Agricultura, Transportes e Portos ainda analisou propostas de curto, médio e longo prazo para mitigar o congestionamento de veículos e cargas nos acessos portuários e nos terminais de transbordo e armazenagem de cargas.

Em dezembro de 2013, o grupo entregou o relatório estabelecendo o plano de ação no qual foram envolvidos, além dos três ministérios, terminais portuários, transportadores de embarcadores (tradings).

Mais ações – Conforme o Ministério da Agricultura, o governo também trabalha em medidas para melhorar a infraestrutura no campo e o acesso da produção agrícola aos portos. Pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram disponibilizados R$ 4,5 bilhões para a agricultura empresarial construir e reformar armazéns durante a safra 2013/14. Ao todo, já foram contratados 80% desses recursos (R$ 3,58 bilhões).

A perspectiva, a partir do crédito ofertado, é que nos próximos cinco anos o volume de financiamentos possibilite aumentar em mais de 65 milhões de toneladas a capacidade estática do país. Com isso, espera-se que os produtores não precisem escoar a produção imediatamente, fazendo primeiramente o estoque e desafogando o tráfego nas vias de acesso aos portos.

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