Economia

Em crise no país, produção de cana tem ligeira recuperação em MS

Aliny Mary Dias | 25/04/2014 14:23
Dados mostram que Estado está em ligeira recuperação (Foto: Marcelo Victor)
Dados mostram que Estado está em ligeira recuperação (Foto: Marcelo Victor)

Em balanço divulgado ontem (24) pela Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), o cenário da produção de cana no país é de quebra de 16,9 milhões de toneladas para a safra 2014/2015. No Mato Grosso do Sul, apesar do dado negativo, a situação é de ligeira recuperação em relação à produção no restante do país.

De acordo com os dados da produção nacional, a safra 2014/2015 terá moagem de R$ 580 milhões de toneladas de cana contra 596,9 milhões da safra passada. A justificativa do setor para a queda é o clima. Longas estiagens no ano passado reduziram a capacidade produtiva das lavouras.

Apesar da queda no país, em Mato Grosso Sul o cenário é um pouco diferente. Segundo a Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de MS), a produção do Estado deve ter aumento de 6,7% na próxima safra. Serão 44,3 milhões de toneladas.

O presidente da entidade, Roberto Holanda, explica que apesar dos números crescentes e da recuperação da produtividade, a situação ainda é de crise em Mato Grosso do Sul.

“Crescemos um pouco, mas o momento é difícil, de recuperação da produtividade. São problemas climáticos acumulados nas últimas quatro safras”, explica Holanda que ressalta a falta de investimentos no setor por parte da política de governo para uma recuperação mais rápida.

Produção - O ATR (Açúcar Total Recuperável) - que corresponde à quantidade de açúcar disponível na matéria-prima subtraída das perdas no processo industrial – foi um dos mais baixos da história do Estado na safra passada (126,74 quilos por tonelada de cana) e, a custa de muitos investimentos das usinas, deve aumentar para 133,2 quilos.

O Estado manterá como prioridade a produção do etanol. Conforme a Biosul, o consumo interno em 2013 aumentou 42%, e a produção de etanol hidratado (usado para abastecer os carros) deve crescer 8,2% e atingir 1,77 bilhão de litros. Já para o etanol anidro, aquele misturado à gasolina, fecha esta safra com 668 milhões de litros, um crescimento de 13,9%.

Prejudicada anteriormente pelo baixo teor de sacarose, a expectativa é incrementar a produção de açúcar em 19,12%, e chegar a 1,6 milhão de toneladas.

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