Economia

Demanda alta por soja no mercado interno faz exportação cair

Bruno Chaves | 11/06/2014 10:54
Consumo intenso no mercado interno na produção de farelo e óleo ajuda a diminuir índices da exportação (Foto: Marcos Ermínio)
Consumo intenso no mercado interno na produção de farelo e óleo ajuda a diminuir índices da exportação (Foto: Marcos Ermínio)

Mato Grosso do Sul registrou retração de 15,6% na exportação de soja em grãos no último mês. O embarque internacional da oleaginosa caiu de 458 mil toneladas, em maio de 2013, para 387 mil toneladas no mesmo período deste ano.

A queda, para a gerente econômica da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Adriana Mascarenhas, é justificada pela forte demanda do mercado interno, que mantém o consumo da soja para a produção de farelo e de óleo.

“Essa redução já era prevista pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) por causa da processadora do mercado interno", avaliou.

"Se pegarmos a exportação de farelo, por exemplo, no mesmo período, teve crescimento significativo de 51%”, emendou, lembrando que o envio do produto aumentou de 145 mil toneladas, de maio de 2013, para 221 mil toneladas em maio deste ano.

Em valores, o Estado lucrou 16% a menos na comparação de maio dos dois anos. Em 2014, foram US$ 197 milhões recebidos pela venda da soja em grão. No mesmo período do ano passado, o lucro com os embarques internacionais foram de US$ 235 milhões.

Entretanto, a queda da exportação da soja em grãos, que tem grande peso na balança comercial de Mato Grosso do Sul, não impacta de forma negativa o acumulado do ano.

Ainda conforme a gerente econômica, os embarques da oleaginosa cresceram 91% de janeiro a maio de 2014 quando comparados ao mesmo mês período do ano passado.

A quantidade saltou de 1,3 para 1,6 milhão de tonelada. Em valores, o crescimento foi de 18%, de US$ 693,3 milhões para US$ milhões. O saldo positivo no período pode ser explicado pela escassez do produto nos estoques dos Estados Unidos, maior exportador mundial de soja.

“Eles tiveram um problema lá atrás com a queda da safra. A demanda do mercado internacional, principalmente da China, principal compradora de Mato Grosso do Sul, está aquecida. Isso faz com que o resultado acumulado ainda seja positivo”, analisou.

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