Economia

De olho no futuro do agronegócio, 32 mil alunos terão curso de capacitação rural

Zana Zaidan | 02/04/2014 19:05
Governador e secretária de Educação, Nilene Badeca, assinaram termo de adesão
Governador e secretária de Educação, Nilene Badeca, assinaram termo de adesão

No ano letivo de 2014, estudantes de oito municípios de Mato Grosso do Sul vão receber orientações sobre o agronegócio, meio-ambiente, cultura e desenvolvimento social. O governador André Puccinelli (PMDB), junto com os prefeitos das oito cidades, assinou na tarde de hoje (2) o termo de adesão ao programa “Agrinho”, do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

Implantado há 19 anos, o foco de 2014 – “importância do campo para a cidade”, explica o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta - tem relevância especialmente em Mato Grosso do Sul. “É uma forma de manter esta geração de jovens inserida na atividade rural, mostrando a força que o agronegócio tem no Brasil, a necessidade que a cidade tem do campo”, justifica Beretta.

Hoje, a tendência é de migração da zona rural para os grandes centros. “É preciso agir pela transformação que a sociedade vai passar com o desenvolvimento do agronegócio. O Brasil e o mundo pedem isso”, reforça o presidente do Sistema Famasul, Eduardo Riedel.

Inicialmente, 32 mil crianças, estudantes do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, na faixa etária dos 6 aos 15 anos, serão beneficiadas. Cartilhas interdisciplinares do Senar/PR serão distribuídas nas escolas e 22 técnicos do Senar/MS vão capacitar professores da rede de ensino para implantar o projeto.

A ação será levada para Anastácio, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos.

Puccinelli não descarta que, futuramente, o Agrinho seja englobado em todas as escolas do Estado. “Os 32 mil podem vir a ser 360 mil. Temos vocação para a área rural, o que já foi observado com a Escola Agrícola, e todos os alunos que lá se formaram conseguiram emprego de imediato”, lembra o governador.

Agrinho – Idealizado pela coordenadora pedagógica do Senar/PR, Patrícia Lupion Torres, a idéia surgiu em um momento que o estado enfrentava problemas devido ao uso indiscriminados de agrotóxicos. “Conscientizar os jovens, que representavam o futuro do país, se mostrou essencial. O que começou em escolas da zona rural quebrou barreiras e hoje é aplicado em escolas da cidade. É preciso trabalhar com esse tripé promoção social/rural/educação”, resume a educadora.

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