Direto das Ruas

Soro aplicado em UPA faz criança de 3 anos desmaiar, diz mãe

Zana Zaidan | 20/06/2014 18:36

A estudante Daiany Pereira Braga, 21 anos, saiu da Vila Neuza, na região da saída para Rochedo, em Campo Grande, e foi até a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do bairro Coronel Antonino, em busca de um tratamento para a alergia do filho de três anos. Segundo ela, a criança desmaiou depois de receber soro e “quase morreu. Só foi salva porque tive a luz de arrancar”, conta. A família ainda não teve acesso ao prontuário, acrescenta, mas cobra explicações do médico que realizou o atendimento.

Daiany explica que o filho apresentava uma forte coceira em dos olhos, “e começou a ficar bem inchado, parecia que ele tinha levado uma pancada”, por isso, ela e o esposo o levaram ao pronto-socorro. Por volta das 14h50, ele foi recebido pelo médico.

“O doutor recomendou ao enfermeiro aplicar adrenalina, antialérgico, e corticoide. Assim que colocaram o soro, ele começou a virar o olho, ficar pálido. Fiquei desesperada, comecei a gritar, e ele desmaiou. Mesmo assim não ninguém, então arranquei o soro. Se não fosse isso, ele teria morrido”, acredita.

Bastante nervosa, a criança foi levada para casa pelo pai, enquanto Daiany permaneceu na unidade. “Não saio enquanto não tiver explicações, quero ver o prontuário, se a dose estava em excesso. Isso é muito grave”, finaliza.

Sesau - Procurado pelo Campo Grande News, o chefe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Jamal Salém, se inteirou do caso da criança e afirma que o procedimento adotado foi adequado. "A conduta foi correta, dentro da ética médica. Foi aplicada uma injeção intramuscular, que pode ter baixado a pressão da criança, o que pode acontecer, em pacientes de qualquer idade. Até no melhor hospital do mundo, isso pode acontecer", atesta. 

Salém, que também é médico, reforça que a mãe correu risco ao tirar o soro do filho por conta própria. "É totalmente compreensível que uma mãe se desespere ao ver um filho apresentar qualquer reação adversa, mas, nesta hora, é preciso lembrar que se está dentro de uma unidade de saúde, com profissionais preparados. É uma atitude arriscada, ele não tinha tido alta", pondera. 

Sobre o prontuário, o secretário afirma que trata-se de "segredo médico" e, por isso, não é apresentado aos pacientes. "Se houver alguma outra dúvida da mãe, ela pode fazer ofício na Sesau, e tudo será esclarecido sobre o atendimento prestado", esclarece. 

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