Direto das Ruas

Mãe diz que filha deficiente auditiva foi vítima de preconceito em escola

Alan Diógenes | 09/05/2014 20:07

A estudante Célia Mara dos Santos, de 30 anos, procurou o Campo Grande News, na noite desta sexta-feira (9), para denunciar o preconceito que a filha dela, de 3 anos, que é deficiente auditiva, teria sofrido no Cei (Centro de Educação Infantil) Flamingos, localizada na rua Crisântemos, Lar do Trabalhador, em Campo Grande. O caso teria acontecido durante a homenagem ao Dia das Mães.

De acordo com Célia, na homenagem realizada no final da tarde de hoje, as professoras colocaram a menina na última fileira. Ela também recebeu uma lembrança diferenciada das que foram entregues para as outras crianças. “Ela foi a única que recebeu o presente diferente. Na toalha de todos tinha o nome bordado, menos o dela”, destacou.

Diante do fato, Célia foi falar com duas professoras que tinham organizado o evento. Umas delas explicou que não poderia tratar sua filha com prioridade, mas tratar todos os alunos do mesmo jeito. A outra professora disse que a mãe deveria conhecer o termo “inclusão”, e que deveria procurar um profissional específico para dar aula para a criança.

Célia ficou revoltada com a situação e disse que quando recebe as fotografias em casa, tiradas das crianças na unidade de ensino, sempre vê a filha fora das atividades desenvolvidas no centro. Ela conta que três anos em que a filha estuda no local, sempre observou a diferença em que as profissionais faziam em relação à filha.

Chorando e muito entristecida com o fato, Célia disse que nunca tinha passado por isso na vida. “Eu já vinha notando que a minha filha tinha um tratamento diferenciado na escola, até cheguei a diminuir o tempo de ela ficar lá, mas não adiantou. Ninguém merece passar por esse constrangimento, ainda mais no Dia das Mães, olha o presente que eu recebi”, desabafou.

Entramos em contato com o centro de ensino para obter esclarecimentos sobre o caso, mas os telefonemas não foram atendidos.

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