Direto das Ruas

Má conservação de ônibus transforma viagem de 28h em pesadelo para passageiros

Zana Zaidan | 03/01/2014 17:56
Poltronas sem cinto de segurança, em uma viagem de 28 horas (Foto: Giselle da Silva)
Poltronas sem cinto de segurança, em uma viagem de 28 horas (Foto: Giselle da Silva)

Com o ar condicionado quebrado, banheiro com defeito, mau cheiro, poltronas danificadas e lixo espalhado, a viagem de ônibus de 28 horas entre Pimenta Bueno (RO) e Campo Grande transformou o trajeto em “um inferno” para os passageiros da empresa Eucatur.

O ônibus saiu da cidade com destino à Capital no dia 29 de dezembro e um casal de passageiros que se dispôs a descer em uma parada em Coxim para reclamar em nome dos demais, foi deixado para trás. “Foi horrível, as coisas deles ainda estavam no ônibus e no bagageiro. A água que eles deram, não estava em temperatura ambiente, estava quente mesmo. O senhor disse que só voltaria a entrar se trocassem os copinhos e simplesmente deixaram ele e a esposa lá”, relata uma das passageiras, a empresária Giselle da Silva, 34 anos.

 

Banheiro sem condições de uso, com descarga quebrada (Foto: Giselle da Silva)
Passageiros que desceram para reclamar da água quente foram deixados para trás em Coxim (Foto: Giselle da Silva)

Revoltada com o descaso da viação, ela se mobilizou junto com outro seis passageiros em um abaixo-assinado para protocolar uma reclamação oficial junto à empresa, já que esta não é a primeira vez que Giselle enfrenta transtornos ao viajar pela Eucatur. “Passei 28 horas dentro de um ônibus que quando abria o banheiro todos tinham que tampar o nariz”, acrescenta.

“Foi uma passagem cara, R$ 252, sendo que na ida para Pimenta Bueno fui de avião e paguei R$ 300, e nem tinha comprado com antecedência. Em outra ocasião, o ar condicionado estava com defeito, vazou água na minha bolsa e molhou meus documentos. Eles me ofereceram 50% na passagem de volta para Campo Grande, e deixei por isso mesmo, mas, desta vez foi demais. Nenhuma reclamação vai compensar as 28 horas dentro daquele ônibus”, relembra.

A reportagem do Campo Grande News tentou entrar em contato com a Eucatur, que tem sede em Cascavel (PR), mas o telefone indicado por uma funcionária da empresa, que seria do único autorizado a esclarecer o transtorno, não atendeu.

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