Direto das Ruas

Corte de árvores em terreno da prefeitura causa polêmica entre vizinhos

Bruno Chaves | 14/08/2013 17:58
Lanchonete foi construída com permissão da prefeitura, dizem vizinhos (Foto: Cleber Gellio)
Lanchonete foi construída com permissão da prefeitura, dizem vizinhos (Foto: Cleber Gellio)

A poda de árvores em um terreno que fica na Vila Progresso, em Campo Grande, causa polêmica entre vizinhos que moram e trabalham na região. Um leitor do Campo Grande News disse que a área pertence a prefeitura e que dois homens derrubaram as árvores do terreno para construírem uma lanchonete e uma serralheria clandestinas no local.

O terreno que virou alvo de confusão fica no cruzamento das ruas Dona Dorinha de Figueiredo e Oclécio Barbosa Martins. O leitor ainda disse que tentou denunciar a poda ilegal à prefeitura, mas não obteve êxito.

A reportagem foi ao local verificar a situação e encontrou o casal Marco Antônio Depieri, 40 anos, e Sandra Depieri, 41. Eles disseram que são donos da serralheria que funciona no local. “Estamos aqui há 20 anos”, disse Marco.

“O terreno é da prefeitura, mas estamos aqui legalmente”, completou a mulher. Ela disse que a limpeza na área é feita por ordem da Vigilância Sanitária do município diante da infestação de escorpiões.

“Mas as árvores frutíferas são mantidas”, afirma Sandra, mostrando as espécies que dão manga, acerola e ingá. Ela conta que chegou até procurar a prefeitura para ver a possibilidade de podar uma árvore de ingá, que “está torta e pode cair sobre as casas da frente”, mas o corte foi negado.

Lanchonete – Apesar de ser dono da serralheria, Marco conta que a lanchonete pertence a outro homem, conhecido como Nando. “Ele limpou o terreno e pagou uma máquina, com o dinheiro do próprio bolso, para tirar o entulho daqui que os próprios moradores acumulam”, relatou Marco.

Ele disse que Nando se instalou no local com permissão da prefeitura. Por isso, o homem já começou a erguer o novo estabelecimento comercial. Nando não foi encontrado pela reportagem para comentar o caso.

“Essas limpezas são benefícios até para os próprios moradores que reclamam e, em vez de trabalharem, ficam fazendo denúncias erradas”, opinou Sandra.

A assessoria de imprensa da prefeitura não foi encontrada para comentar o caso.

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