Política

Zeca diz que decisão de Duarte em permanecer na presidência vai contra o PT

Na avaliação do ex-governador, decisão de presidente foi unilateral

Juliene Katayama | 22/01/2015 18:28
Zeca diz desconhecer exigência da nacional para Duarte permanecer na presidência (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Zeca diz desconhecer exigência da nacional para Duarte permanecer na presidência (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

A permanência do prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PT), na presidência regional do PT depois de anunciar saída foi criticada pelo ex-governador, deputado federal eleito Zeca do PT. Na avaliação do petista, o momento exigia troca de comando do partido depois do projeto que acabou na eleição do ano passado.

Zeca diz que o momento exige mudanças na direção do partido. Militantes em nível estadual e nacional estariam cobrando por isso. "Era a hora do PT se recompor politicamente e programaticamente para pensar o seu futuro. O partido colocou em prática um projeto dos últimos dez anos que era a eleição do Delcídio governador e que acabou", afirmou.

Além disso, para o ex-governador Duarte deveria ter discutido com o partido antes de desistir de renunciar à presidência. Para piorar a situação, o acúmulo dos cargos podem prejudicar o PT e o município de Corumbá.

“A decisão é pessoal e eu a respeito. Porém, ela é unilateral, não foi discutida de forma ampla no partido. A saída do Paulo somente foi cogitada diante sua possível renúncia do cargo. Creio que tanto o partido, quanto o Paulo podem ficar desgastados com essa decisão", avalia Zeca.

Segundo o petista, o grande desafio de Duarte será agradar seus dois públicos: filiados e munícipes de Corumbá. "Cuidar de uma cidade como Corumbá, com mais de 100 mil habitantes, a maior cidade administrada pelo PT no Estado e de um partido presente em 79 municípios é uma missão extremamente complexa e desgastante", completou.

Em relação à nota apresenta pelo presidente do partido, Zeca diz desconhecer o pedido de que o Diretório Nacional do PT teria pedido para que Paulo Duarte permanecesse no comando da sigla no Estado.

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