Política

Voto de relator abre caminho para realização de novas eleições em Rio Verde

Juiz Cezar Miozzo considera procedente acusação sobre compra de votos por chapa de Mario Kruger e Dinalva; candidato à reeleição, prefeito teria elevado gastos com cestas básicas em ano eleitoral

Humberto Marques | 19/03/2018 19:07

Julgamento em andamento no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) abre caminho para a realização de novas eleições em Rio Verde –a 207 km de Campo Grande–, por conta de denúncia de compra de votos direcionada à chapa do prefeito eleito, Mário Kruger (PSC), e da vice, Dinalva Viana (PT). O relator do processo, o juiz eleitoral Cezar Luiz Miozzo, considerou procedente a denúncia encaminhada à Justiça Eleitoral sobre o caso.

O relatório foi lido nesta segunda-feira (19) durante sessão plenária do tribunal, mas pedido de vistas do desembargador João Maria Lós, integrante da Corte, adiou a conclusão do julgamento.

Conforme o advogado Felix Nunes da Cunha, a gestão de Kruger teria elevado os gastos com programas sociais em 2016 –ano da eleição– em cerca de 100%. Além disso, a chapa do prefeito e candidato à reeleição teria, também, efetuado captação ilícita de sufrágio: a “compra de votos” teria se configurado com o oferecimento de dinheiro a duas eleitoras, que teriam recebido R$ 20 e R$ 50.

Miozzo concluiu seu voto considerando a acusação procedente, decretando ainda, em seu parecer, a anulação dos votos da chapa de Kruger e Dinalva nas eleições de 2016 e decretação da inelegibilidade dos atuais prefeito e vice de Rio Verde. Além disso, cobra a realização de novas eleições.

A disputa em Rio Verde em 2016 foi uma das mais acirradas dos últimos tempos. Kruger venceu com 5.404 votos, ou 48,95% do total; enquanto o ex-prefeito José de Oliveira (MDB) teve 5.328 votos (48,26%). Laurentino da Autoescola (SD) somou 308 votos (2,79%).

A reportagem não conseguiu contatar o prefeito Mario Kruger para comentar as acusações.

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