Política

Vida política de Lúdio Coelho passou por quatro partidos, da UDN ao PSDB

Jorge Almoas | 22/03/2011 18:10
Da esquerda para a direita, Ulisses Guimarães, Juvêncio, Lúdio e Franciso Maia. (Roberto Higa)
Da esquerda para a direita, Ulisses Guimarães, Juvêncio, Lúdio e Franciso Maia. (Roberto Higa)

Ao noticiar a morte de Lúdio Coelho nesta terça-feira, que faleceu aos 88 anos por falência múltipla de órgãos, as lembranças da trajetória política e os detalhes da vida pública do ex-senador e ex-prefeito de Campo Grande mostram que o desprendimento de Lúdio era atender o próximo.

Para o presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul, deputado federal Reinaldo Azambuja, Lúdio Coelho foi uma “alma entregue”. Lúdio era presidente de honra do partido.

“Lúdio Coelho teve a vida pautada pelo trabalho público, por sua entrega em ajudar o próximo. Era um homem honrado, honesto, um exemplo de perfeito e um senador único”, relembrou Azambuja.

O deputado federal comentou ainda que, antes de se filiar, Lúdio foi um dos motivos por sua escolha pelo PSDB. “Quando soube que o Lúdio Coelho estava no PSDB, pensei: ‘É nesse partido que quero estar’”, disse.

Trajetória – Lúdio Martins Coelho iniciou sua caminhada na política na antiga UDN (União Democrática Nacional). Já no PMDB, em 1965, ele disputou o governo do Estado e perdeu para Pedro Pedrossian, filiado ao PSD, que ficou no cargo de 1966 a 1971, no então Mato Grosso uno.

Em 1983, a prefeitura de Campo Grande estava nas mãos do PMDB, que indicou a vereadora Nelly Bacha para comandar o executivo municipal. Naquela época, o governador Wilson Barbosa Martins apontou o nome de Lúdio para disputar as eleições pela prefeitura.

O nome de Lúdio tinha o apoio do PCB e era uma forma de contemplar os ruralistas. Ele venceu a eleição, ficando no cargo de 1983 a 1985.

No ano seguinte, Lúdio saiu do PMDB para disputar o governo do Estado e se filiou ao PTB. Representando a oposição na época, o político perdeu a disputa para Marcelo Miranda, candidato do PMDB, no ano de 1986.

Em 1988, Lúdio concorreu à prefeitura de Campo Grande, sendo eleito com 111.266 votos, ficando no cargo de 1989 a 1992.

Três anos depois, filiado ao PSDB, o nome de Lúdio foi lançado ao Senado federal, na disputa com Ramez Tebet, Ary Rigo, Rachid Derzi, Ricardo Brandão, Alan Pitthan e Francisca Diva.

O pecuarista foi eleito com 383.853 votos. Ele ficou no Senado até 2003.

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