Política

Vereadores defendem aumento dos limites de velocidade na Capital

Parlamentares também criticaram instalação de novos radares por fomentarem “indústria da multa” em Campo Grande

Izabela Sanchez e Danielle Valentim | 13/11/2018 11:09
Câmara Municipal durante sessão desta terça-feira (Foto: Daniele Valentim)
Câmara Municipal durante sessão desta terça-feira (Foto: Daniele Valentim)

Durante a sessão desta terça-feira (13) na Câmara Municipal, vereadores questionaram o limite de velocidade permitido no trânsito da Capital. Hoje, 50 km/h é o máximo permitido, mas para os vereadores Vinicius Siqueira (DEM) e André Salineiro (PSDB), é necessário acompanhar o código nacional de trânsito e aumentar a velocidade para 80km/h.

Vinicius Siqueira criticou a licitação dos radares. Para ele, a cidade ganhou um “presente de natal” indesejado: 230 radares instalados na cidade. Segundo ele, Campo Grande deve respeitar o limite de velocidade e não fomentar a “indústria da multa”.

O parlamentar destacou que a cidade não segue o código de trânsito, que permite velocidade de 80 km/h em vias rápidas. “Por exemplo, a via do aeroporto em que são permitidos 50km/h”, comentou. Para ele, as normas devem seguir o código e não a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

O vereador André Salineiro propôs a criação de uma comissão para investigar o contrato que adquiriu os radares. “Alguns radares chamam a atenção pelos locais. Essa licitação foi fechada a R$ 15,4 milhões para a prefeitura pagar”, afirmou.

O parlamentar ainda citou a cidade de São Paulo como exemplo. Para ele, a medida aprovada pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) que reduziu a velocidade da marginal para 70 km/h foi uma “aberração”. “O Haddad fez uma aberração em São Paulo e diminuiu a velocidade da via e aumentou a arrecadação por meio das muitas”, comentou.

Para o vereador Otávio Trad (PTB), é necessário um estudo prévio antes de qualquer mudança. Ele também rebateu críticas feitas pelod vereador Vinicius Siqueira sobre a falta de diálogo da Prefeitura de Campo Grande com a Câmara. “Antes de jogar assuntos na plateia, é preciso mais relação com a prefeitura. Você tem que saber ouvir antes de tentar diminuir um trabalho. Um trabalho sério que o Janine [diretor presidente da Agetran] está fazendo e que está surtindo efeito”, comentou.

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