Vereadores criticam adevisagem para "apagar" obras de Nelsinho
Os vereadores criticaram hoje a adesivagem de placas feitas para apagar as marcas da gestão de Nelson Trad Filho (PMDB) na prefeitura de Campo Grande. Ontem, a Fundação Municipal de Esportes (Funesp) admitiu que fez a adesivagem para substituir todas as placas de sinalização de parques e áreas de lazer na Capital, a mando do prefeito Alcides Bernal (PP). Nesta quarta-feira, Bernal negou que tenha dado essa ordem e atribuiu a adesivagem a oposicionistas.
Na Câmara, esta manhã, a adesivagem de placas de Nelsinho Trad foi criticada pelos vereadores Mario Cesar (PMDB), presidente da Câmara, Airton Saraiva (DEM) e Otávio Trad (PT do B).
“Acho um desrespeito ao trabalho do Nelsinho”, afirmou Airton Saraiva, lamentando o fato e classificando-o como “antiético”. Saraiva informou a seguir que tem projeto de lei que vai apresentar no ano que vem, a fim de que não pensem que está propondo contra o prefeito Alcides Bernal, projeto de lei para acabar com nome de prefeitos nas placas de obras públicas. “Vou propor que as placas sejam padronizadas, só com o nome da Prefeitura de Campo Grande”, explicou ele, garantindo que a medida vai assegurar impessoalidade da administração e gerar economia. Lembrou que o governo federal já não faz mais essas placas de obras.
O presidente da Câmara, Mario Cesar, foi econômico, porém incisivo nas palavras que pronunciou contra a adesivagem de placas de Nelsinho Trad: “Isso é muito triste. É única coisa que tenho para comentar”.
Para Otávio Trad, tratam-se de “atitudes irrelevantes, que não vão apagar o sucesso da administração passada”. Considera que a gestão do Nelsinho sempre foi bem avaliada e isso não será apagado por Bernal nem por ninguém. “Não serão placas adesivadas ou pichadas que vão tirar esse mérito dele”, disse o vereador. “A população sabe o que Nelsinho fez por Campo Grande”, acrescentou.
Na opinião de Otávio, o prefeito Alcides Bernal está “tentando apagar o bem que foi feito por Campo Grande para maquiar a administração atual, que não está fazendo nada”.