Política

Vereador aponta “falta de zelo” de prefeitura ao contratar Jagás para Ceinfs

Zana Zaidan | 19/11/2013 19:02

Em depoimento na tarde de hoje (19) à Comissão Processante da Câmara de Vereadores, a secretária de Assistência Social, Thais Helena, alegou que o contrato emergencial firmado com a Jagás foi assinado porque, caso contrário, 14,5 mil crianças dos Ceinfs deixariam ser alimentadas todos os dias.

“São 14, 5 mil bocas que dependeriam desse botijões de gás. Não tinha como ficar sem, temos que ter zelo com essas crianças, que todos os dias têm à disposição café da manhã, almoço, lanche e jantar”, justificou a secretaria.

O vereador Flávio César (PT do B), relator da Comissão Processante, questionou onde estaria o “zelo” da secretária ao solicitar que contratação emergencial de uma empresa “sem sede, sem garantias, sem caminhão e sem empregados”.

“Só escolhemos a Jagás porque ela apresentou os melhores preços na concorrência”, rebateu Thais. Durante o depoimento, ela disse que a empresa JS Gás ofereceu R$ 46 por um botijão de gás de 13 Kg, e R$ 154 de 45 Kg; a X Gás R$ 45 e R$ 165; a Youssif Amin R$ 39 e R$ 140 e a vencedora da concorrência, a Jagás, R$ 48 e R$ 139. “Pode colocar na ponta do lápis”, emendou a secretária aos vereadores.

Pelo contrato firmado, a JaGás deve fornecer 9 mil botijões de gás de cozinha de 13 Kg e 5,4 mil de 45 Kg para a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), no valor total de R$ 101.977,00.

Relações com Jagás – Thais Helena foi questionada por diversas vezes se conhecia o proprietário da Jagás, Elton Luiz Crestani, antes de o contrato emergencial ser assinado.

A mesma pergunta foi feita, inclusive, pelo advogado do prefeito Alcides Bernal (PP), que atua na defesa durante os trabalhos da Comissão.

“Conheci o Elton em 2003, durante um encontro de casais que participamos juntos, mas não tínhamos muito contato”, afirmou a secretária. Diante da resposta, o vereador Alceu Bueno (PSL), voltou a bater na tecla de que Thais conheceria Crestani, o que poderia favorecer a Jagás como vencedora do fornecimento de gás para a prefeitura. “Então vocês são freqüentam a mesma igreja?”, perguntou. A secretaria negou, e afirma freqüentar a igreja Cristo Luz, e participou com o empresário de um Encontro de Casais com Cristo em outra igreja.

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