“Vai marcar as novas gerações”, diz Riedel ao chegar para abertura de Bioparque
Folder de divulgação do empreendimento promete uma imersão no Pantanal
Antes do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), já está a postos para descerrar a placa de inauguração do Bioparque Pantanal, antigo Aquário, o secretário estadual de Infraestrutura e pré-candidato ao Governo, Eduardo Riedel. Antes de discursar no evento, ele conversou brevemente com a imprensa sobre o que considera a abertura para o mundo de um equipamento público que “vai fazer história”.
“É um projeto que vai marcar as novas gerações, para a formação de sul-mato-grossenses mais conscientes e cientes da responsabilidade com a biodiversidade”, afirmou logo de início.
Riedel ressalta a importância do Bioparque para o trade turístico. “É um atrativo para o turismo, com certeza. Vão chegar aqui e encontrar todas as informações sobre o Pantanal, um museu da história natural, o museu interativo”. O folder de divulgação do empreendimento promete uma imersão no Pantanal sem estar no bioma.
O secretário preferiu não fazer projeções sobre o retorno financeiro que o Bioparque pode dar aos cofres públicos, até porque depois da desistência do Grupo Cataratas do Iguaçu S/A, único interessado em administrar o local na licitação de concessão em 2014, desistir de assumir a gestão, a administração terá de buscar outro parceiro privado para a concessão. “É uma operação cara pela complexidade da obra, mas vai ser gratuito até 31 de dezembro”, comentou.
Os portões e portas a serem abertos nesta manhã dão acesso ao universo de 5,2 milhões de litros de água, onde, por enquanto, nadam 20 mil peixes. Ao longo do mês de abril, o povoamento continuará na etapa de maturação, mas os aquários já passarão a receber visitas de públicos específicos. Além dos estudantes das escolas públicas do Estado, pessoal do setor turístico, segundo Riedel.
A partir de maio, o público em geral poderá agendar visitas gratuitas aos 36 tanques, que abrigarão um total de 220 espécies, por meio de um site.
O folder distribuído nesta segunda-feira (28) do lado de fora do Bioparque Pantanal também diz que a proposta é aproximar o Pantanal das pessoas, usando o espaço que pode ser considerado o maior aquário de água doce do mundo, uma vez que outros empreendimentos do tipo são mais voltados à exibição da vida marinha.
Prévia - Logo na entrada do Bioparque, num aquário de 35 toneladas, com 6 metros de altura de oito de comprimento, pacus apresentam o balé para os visitantes. O maior dos tanques, um túnel, com cúpula de sete metros de altura, por onde se espalham 1,2 milhão de litros de água, coloca o visitante dentro de um rio para exibir o nado dos pirarucus, um dos maiores peixes de água doce do mundo. O espaço abriga ainda 15 jacarés e uma sucuri de três metros.
Orçado inicialmente em R$ 84 milhões, quando lançado em 2011 pelo então governador André Puccinelli (MDB), o empreendimento foi concluído na gestão de Reinaldo Azambuja ao custo de R$ 230 milhões.