Política

Terceirizados lotam Câmara para reunião com Marquinhos sobre pagamentos

Anahi Zurutuza e Alberto Dias | 06/01/2017 14:50
Terceirizados reunidos no auditório da Câmara (Foto: Alberto Dias)
Terceirizados reunidos no auditório da Câmara (Foto: Alberto Dias)
Prefeito (à esquerda) ao lado do vereador Valdir Gomes (Foto: Alberto Dias)

Convocados por Marquinhos Trad (PSD), trabalhadores contratados pela Omep e pela Seleta lotaram o plenário da Câmara de Vereadores para debater com o prefeito quando e a forma como receberão os pagamentos do salário de dezembro e 13º não depositados até agora.

Além disso, terceirizados querem saber quando exatamente voltam ao trabalho e como fica o salário de janeiro, já que no dia 16 de dezembro, a prefeitura rompeu os convênios com as entidades e proibiu os trabalhadores de voltarem a seus postos.

Quem adiantou a pauta do encontro foi o vereador Valdir Gomes (PP), que preside a comissão especial criada pela Câmara para acompanhar a situação. “O prefeito adiantou que vai trazer boas notícias, todo mundo vai voltar ao trabalho, mas a questão em pauta é como vão ser feitos os pagamentos”, explicou.

O prefeito chegou há pouco acompanhado do vereador João Rocha (PSDB), presidente da Casa de Leis, e a reunião acaba de começar.

“Quero apenas o meu acerto e não quero mais voltar. Fomos tratados como cachorros”, afirmou Lourdes de Oliveira, de 53 anos, uma das participantes do encontro.

Ela trabalha como recreadora pela Seleta há 18 anos e atualmente estava lotada no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Juracy Galvão Oliveira, que fica no bairro Oiti – leste da Capital. “Não sei se estou ou não trabalhando porque o Ceinf está de férias”, também comentou sobre viver na incerteza, uma vez que os empregados por meio das entidades não foram demitidos formalmente.

Negociações e Justiça – Nesta quinta-feira (5), Marquinhos se comprometeu com o MPE (Ministério Público Estadual) a entregar lista de demissões e plano para a substituição dos terceirizados já na semana que vem. As secretarias de Educação e Assistência Social farão um levantamento dos funcionários que podem ser demitidos, sem que prejudique o funcionamento das atividades essenciais. A lista ficará pronta em 12 de janeiro, quinta-feira que vem, e será ainda submetida à Justiça, que poderá homologar ou não o novo acordo.

A maior parte dos trabalhadores, portanto, voltaria aos seus postos até que a administração municipal conseguisse fazer a substituição total. Calcula-se que trabalham para o município cerca de 4 mil pessoas contratadas por meio da Organização Mundial para a Educação Pré-escolar e da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária.

Já nesta sexta-feira (6), a Justiça atendeu ao pedido feito pelas entidades em recurso contra a demissão em massa dos trabalhadores e determinou que todos terceirizados retornem aos seus postos de trabalho. A informação é do advogado que representa as entidades, Laudson Ortiz, que foi levar a notícia ao prefeito pela manhã.

Até a tarde de hoje, o site do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) estava fora do ar e não havia como confirmar o teor da decisão.

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