Política

Sob pressão dos professores Câmara Municipal realiza sessão relâmpago

Antonio Marques | 09/07/2015 11:59
Vereadores conversam com professores durante a sessão relâmpago de hoje na Câmara Municipal. Eles querem apoio dos vereadores para resolver o impasse nas negociações com a prefeitura e encerrar a greve que passou de 45 dias (Foto: Antonio Marques)
Vereadores conversam com professores durante a sessão relâmpago de hoje na Câmara Municipal. Eles querem apoio dos vereadores para resolver o impasse nas negociações com a prefeitura e encerrar a greve que passou de 45 dias (Foto: Antonio Marques)
Pelo 15º dia os professores estiveram na Câmara solicitando apoio dos vereadores para intercederem ao prefeito Gilmar Olarte para negociar e por fim à greve (Foto: Antonio Marques)

Sob a pressão dos professores no 15º dia de participação nas sessões da Câmara Municipal, que seguravam nas mãos embalagens de pizzas com as fotos dos parlamentares, a sessão de votação de hoje, 9, durou menos de 15 minutos. Foram votados três requerimentos ao prefeito Gilmar Olarte (PP) e a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) – Projeto de Lei nº 8.021/15, de autoria do Poder Executivo Municipal, em segunda discussão.

A LDO, apresentada pela prefeitura, prevê aumento de apenas R$ 2 milhões no orçamento para 2016, comparado ao desse ano, de R$ 3,672 milhões, crescimento de 0,05% no orçamento do próximo ano, que deve chegar a R$ 3,674 milhões. Foram acatadas 55 emendas ao projeto original. O projeto foi aprovado em votação simbólica, sem questionamentos, como ocorreu na primeira votação, na última terça-feira.

O presidente da Casa, vereador Mário Cesar (PMDB) encerrou a sessão relâmpago por volta das 10h30min sob a revolta dos professores, que esperavam a votação de um requerimento da oposição, apresentado à mesa nessa quarta-feira, 8, pedindo o comparecimento do prefeito para explicar a razão do impasse nas negociações da greve dos professores, que já passou de 45 dias. Os parlamentares saíram do plenário sob vaias e falas de ordem dos educadores. “No ano que vem tem eleição. Não tem nada não”, gritavam eles,

Dois projetos do Executivo solicitando crédito adicionais suplementar no valor de quase R$ 63 milhões, sendo um de R$ 2,5 milhões e outro de R$ 60,4 milhões, apresentados na sessão itinerante da última terça-feira, 7, não foram votados hoje. Os professores também têm pressionados aos vereadores para não votarem projetos de autoria do prefeito.

Nessa quarta-feira não houve sessão deliberativa em razão do número insuficiente de parlamentares no plenário para realização de votação dos projetos. O vereador Chiquinho Teles (PSD) disse que os professores não queriam a votação da LDO. “A Câmara não pode parar para atender apenas uma categoria”, comentou ele, dizendo que a greve está judicializada e os parlamentares ficam de mãos atadas.

O vereador Paulo Pedra (PDT) disse não entender o motivo de a sessão ter sido encerrada mais cedo. Ele questionou a presidência da Casa sobre a votação do requerimento de convocação do prefeito à Câmara, mas a resposta de Mário Cesar foi que todos os requerimentos que estavam à mesa foram votados e nada mais havia para análise. Por isso, estaria encerrando a sessão. “Talvez os professores estejam mesmo incomodando alguns colegas”, declarou Pedra.

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