Política

Só 90 pessoas fazem barulho com panelas em protesto contra Dilma

Ricardo Campos Jr. e Kleber Clajus | 03/02/2015 10:31
Manifestante com cartaz perto da Casa da Mulher Brasileira (Foto: Marcelo Calazans)
Manifestante com cartaz perto da Casa da Mulher Brasileira (Foto: Marcelo Calazans)
Mega esquema de segurança impediu a chegada de manifestantes perto do palco (Foto: Marcelo Calazans)

Barrados pelo Exército durante passagem da comitiva presidencial pela Avenida Duque de Caxias, manifestantes contra a visita de Dilma Rousseff (PT) em Campo Grande estão reunidos agora perto do acesso de autoridades ao evento, no cruzamento da via com a Rua Brasília, onde fica a Casa da Mulher Brasileira. Segundo estimativa da PM (Polícia Militar), há 90 pessoas no local, quantidade tímida se comparada aos 6,5 mil que declararam presença pelas redes sociais.

A pouca quantidade, no entanto, não reduz o fôlego do grupo, que faz bastante barulho com gritos de guerra, panelas e colheres. De bicicleta, o advogado José Silva, 55 anos, conseguiu furar o bloqueio e chegou ao local antes da comitiva chegar. Junto com o músico Eduardo Saboia e o açougueiro Valmir Pacheco, foram os únicos manifestantes que acompanharam a chegada de Dilma. Quando o restante se aproximou, as autoridades já estavam dentro do prédio.

Silva relata que não votou no PT. “Esse peso, eu não carrego”, disse ao Campo Grande News. Disse que o grande problema hoje é a gestão pública e a incompetência da própria presidente. Emory Razuk, 58 anos, disse não concordar com a barreira feita pelos militares contra o grupo de protesto. “Obrigar o Exército a esse papel, não é democracia”.

Também participam do movimento servidores do Judiciário Federal no estado. José Ailton, presidente do Sindjufe/MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em MS), diz que várias pessoas que já haviam entrado no evento foram retiradas depois de serem identificadas como possíveis manifestantes. Ele disse que a classe busca reajuste de 35% para a classe, que não tem aumento desde 2006, enquanto os juízes conseguiram reajuste médio de 45%.

A manifestação é pacífica e não prejudica o tráfego de veículos, visto que o grupo espera o sinal fechar para entrar na frente dos carros e mostrar os cartazes que carrega. A segurança no local está sendo feita por 80 policiais militares e conta com sobrevoo de helicópteros do Exército.

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