Política

Sindicatos tentam emenda na Câmara para garantir reajuste maior

Representantes do Sisen e da ACP se reunirão com vereadores na segunda-feira (2) para pedir alteração ao projeto de Bernal

Alberto Dias | 29/04/2016 12:29
Presidente do Sisem, Marcos Tabosa, em protesto nesta sexta-feira (29) em frente à Prefeitura. (Foto: Alcides Neto)
Presidente do Sisem, Marcos Tabosa, em protesto nesta sexta-feira (29) em frente à Prefeitura. (Foto: Alcides Neto)

Sindicatos à frente da greve dos servidores vão se reunir na Câmara Municipal para pedir emendas ao reajuste de 2,79%, enviado para a casa de leis pelo prefeito Alcides Bernal (PP). O encontro deve acontecer na próxima segunda-feira (2), quando os sindicalizados exigirão a reposição inflacionária dos últimos 12 meses, e não dos últimos três meses como propõe o prefeito.

“Estamos tentando convencer os vereadores que é possível fazer essa reposição dentro lei”, afirmou o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, que representa os servidores da Educação e agentes de saúde pública em greve. Também devem participar da reunião integrantes da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) em nome dos professores municipais.

Durante protesto esta manhã na porta da Prefeitura, Tabosa disse que aguarda apenas que o presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), confirme o horário da agenda, que não será aberta ao público. Segundo ele, a intenção é que o projeto, uma vez alterado, seja votado na sessão de quinta-feira (5), “embora isso também possa acontecer durante o mês de maio, sem pressa ou desespero”.


Tabosa lembrou, ainda, que o prefeito “deixou na mão dos vereadores” a decisão sobre a legalidade do reajuste linear proposto inicialmente, de 9,57%. “Agora vamos conversar na Câmara para que eles resolvam”, complementou. Se conseguirem a tal emenda, o projeto volta para a sanção do Executivo.


Outro argumento do Sisem é que, mesmo com o aumento, cerca de 800 servidores ainda terão rendimentos aquém de um salário mínimo, ou seja, menor que R$ 880. Outros 2.500 passarão a ganhar até R$ 50 acima desse valor. “É por isso que lutamos tanto por essa bolsa alimentação, tão importante para garantir comida a quem ganha pouco”, justificou Tabosa.


Porém, segundo ele, mesmo com a emenda, a greve continua até que o prefeito ceda ao pedido de aumento da bolsa alimentação de R$ 190 para R$ 600 e do pró-funcionário de 40 para 45%, para quem trabalha nas escolas, como secretárias e merendeiras. No caso dos agentes de saúde, o aumento exigido é de 20% no benefício “Produtividade SUS” e “SUS Extra”. Já os professores pedem o cumprimento da Lei do Piso para o magistério. 

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