Política

Sindicatos protestam contra renogociação da dívida do Estado

O pedido é deixar para o ano que vem a votação do projeto que autoriza o governador a negociar as dívidas, de modo a ampliar o debate

Alberto Dias e Leonardo Rocha | 21/12/2016 11:27
Servidores pedem que projetos só sejam votados após debate, em 2017. (Foto: Leonardo Rocha)
Servidores pedem que projetos só sejam votados após debate, em 2017. (Foto: Leonardo Rocha)

Com o grito de guerra “deixa para o ano que vem”, representantes sindiciais pedem que os deputados adiem para o próximo exercício a votação do projeto de lei que autoriza o Governo do Estado a renegociar sua dívida a União. Na sessão desta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa, alguns servidores questionam qual será a contrapartida de Mato Grosso do Sul em troca da dívida renegociada, uma vez que o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que “os estados terão que fazer sua parte”.

O receio dos manifestantes é que tal contrapartida configure penalidades, como suspensão de concursos, congelamento de salários e redução de comissões. “Queremos que haja diálogo e debate mais amplo com o governo para que todos saibam qual é o tamanho da dívida do estado, como será feita essa renegociação e o que o nosso governo dará de contrapartida”, explicou Ricardo Bueno, integrante do Fórum do Servidor e do Conselho Estadual de Saúde.

Na tribuna, os deputados petistas Pedro Kemp e João Grandão registraram apoio ao pedido dos servidores, ou seja, ao adiamento da votação deste PL. Já o líder do Governo na casa, deputado Rinaldo Modesto (PSDB) reiterou que a intenção é votar todos os projetos pendentes, de modo a limpar a pauta ainda hoje. Neste caso esta seria, portanto, a última sessão do ano, antes do recesso parlamentar.

Mais um protesto - Dentro do plenário lotado, também protestam contra o PL de lei que modifica a previdência dos servidores estaduais em relação aos pensionistas. Se virar lei, a matéria deve alterar o rendimento, por exemplo, das viúvas que recebem o salário dos maridos falecidos. “Hoje elas recebem 70% do valor dos salários e o projeto modifica os critérios e percentual, conforme o tempo de trabalho do servidor, a idade da pensionista e interfere até no tempo do pagamento”, reclamou Thiago Monaco, da ABSS-MS (Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais), ligada à Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

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