Política

Sindicatos cobram senadores contra pacote anticorrupção da Câmara

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 02/12/2016 10:12
Ildemar da Mota Lima, de azul, na reunião de lideranças de sindicatos dos trabalhadores na Fetracom (Foto: Leonardo Rocha)
Ildemar da Mota Lima, de azul, na reunião de lideranças de sindicatos dos trabalhadores na Fetracom (Foto: Leonardo Rocha)

Lideranças de sindicatos de trabalhadores de Mato Grosso do Sul reuniram-se na manhã desta sexta-feira (2), na sede da Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio), em Campo Grande, para se posicionar contra a aprovação das emendas que alteram as medidas de combate a corrupção pela Câmara Federal.

Ao fim do encontro anunciaram que, além de cobrar o voto dos oito parlamentares federais do Estado, vão pressionar os três senadores sul-mato-grossenses - Simone Tebet (PMDB), Waldemir Moka (PMDB) e Pedro Chaves (PSC) - para que trabalhem pela reversão da decisão da Câmara na tramitação do pacote no Senado.

“Vamos acompanhar o posicionamento de cada parlamentar, principalmente os de Mato Grosso do Sul”, disse Pedro Lima, presidente da Fetracom. Na sua avaliação, a classe política tenta fazer retaliação contra o Judiciário e o Ministério Público, quando deveria seguir o que a população está pregando nas ruas. “Lamentamos profundamente a maneira como o projeto original encaminhado pelo Ministério Público Federal foi alterado na Câmara”, ressaltou.

Ildemar da Mota Lima, presidente estadual da Força Sindical, não descartou a organização de caravanas de lideranças dos trabalhadores para irem a Brasília com a missão de, segundo ele, “sensibilizar os senadores”.

O pacote com as alterações no projeto original foi aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira, dia 30. Entre as mudanças está a retirada da tipificação do crime de enriquecimento ilícito e a inclusão do crime de responsabilidade a magistrados e membros do Ministério Público que cometerem algum tipo de abuso de autoridade.

“Vejo com muita preocupação a aprovação do projeto na Câmara, porque da forma como ficou parece que os deputados estão fazendo retaliação. O Brasil vive um novo momento em que existem operações da Polícia Federal e do Ministério Público, e os deputados deveriam seguir esse caminho”, afirmou Ildemar.

Além de dirigentes da Fetracom e da Força Sindical, a reunião nesta manhã teve a participação de representantes da CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

 

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