Política

Simone cobra apuração após conflito com morte de indígena em MS

Dez pessoas ficaram feridas em fazenda de Amambai após ação da Polícia Militar em Amambai

Adriel Mattos | 26/06/2022 09:47
Senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB à Presidência da República, exigiu “investigação e punição rigorosas” sobre o conflito entre o BPChoque (Batalhão de Choque) da Polícia Militar e indígenas guarani-kaiowá em Amambai, na região sul de Mato Grosso do Sul, na sexta-feira (24). A comunidade alega que a polícia efetuou uma reintegração de posse sem mandado judicial.

“O Brasil está cansado de tanta violência. É preciso um governo que sinalize diálogo e tolerância para que o país encontre mecanismos mais eficientes para estabelecer e garantir os direitos dos povos originários e pôr fim aos conflitos”, publicou Simone na rede social Twitter no sábado (25).

No confronto ocorrido ontem de manhã, um indígena de 42 anos, identificado como Vito Fernandes, foi morto, e outros dez ficaram feridos. Dois deles foram transferidos do Hospital Regional de Amambai para unidade em Ponta Porã e terceiro para Dourados.

Os militares do BPChq permanecem na sede da Fazenda Borda da Mata. A situação no entorno da fazenda, distante cerca de 20 quilômetros da zona urbana, é considerada delicada e ainda de tensão entre policiais e indígenas. Na cidade, o clima é de tranquilidade e aparente costume com os embates recorrentes na região de fronteira com o Paraguai. “Vira e mexe aqui o couro come”, disse um morador.

Em nota, na sexta, a PF (Polícia Federal) informou que foi ao local para “avaliar a situação”. Hoje, a informação é que a equipe foi até lá por conta de denúncia de que funcionário da Funai (Fundação Nacional do Índio) havia sido mantido refém. A assessoria relatou que ele encontra-se fora de perigo. O policiamento continua, mas quem está no comando das ações é a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Confronto também deixou indígenas desaparecidos, que já foram localizados. (Foto: Divulgação/Cimi-MS)


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